quarta-feira, 9 de maio de 2012

Sindicato realiza protesto em homenagem a vigilante morto e exige segurança Maurício Lópes da Silva, 35, foi morto na segunda-feira (1) durante uma tentativa de assalto a agência do banco Itaú

Manifestantes reunidos em frente ao Hospital Português / Foto: Juliana Regis/JC

Manifestantes reunidos em frente ao Hospital Português


Representantes do Sindicato dos Vigilantes de Pernambuco (Sindesv/PE) se reuniram, em frente ao Hospital Português, no bairro do Paisandu, para lembrar a morte do vigilante Maurício Lopes da Silva, 35, que faleceu após reagir a uma tentativa de assalto à agência do banco Itaú na terça-feira (1). Os manifestantes também aproveitaram para exigir uma melhora nas condições de trabalho oferecidas pelas agências para eles, como a permanência das portas giratórias, aumento do número de efetivos, dentre outros.

A ação teve início às 7h30 indo até 10h30, contando com a presença de vários membros do Sindesv/PE, famíliares e amigos de Maurício. De acordo com o presidente do sindicato, José de Souza Cassiano, esse foi o 18° assalto à bancos apenas neste ano. "O nosso objetivo é pedir mais segurança. Também estamos levando a conhecimento da sociedade a respeito da Lei Municipal n°17.647/2010, para que a população enquanto consumidor possa cobrar os cumprimentos dos sistemas de segurança dentro dos bancos", explica Cassiano.

Segundo L.H, 15, filho de Maurício, tudo que a família deseja é justiça e mais segurança para os trabalhadores. "Tudo que nós queremos é mais segurança, para que outras famílias não passem pelo que nós estamos passando", afirma o adolescente.
De acordo com o advogado do Sindesv/PE, Francisco Fragoso, a justificativa para a falta de investimentos dada pelos bancos está relacionado aos altos custos e da impossibilidade da entrada de pessoas dificientes nas agências quando há a presença de portas giratórias.
Visando melhorar as condições de segurança dos bancos, o Sindesv já entrou com uma ação no Ministério Público, que já notificou a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), para que esta assine um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), em cumprimento à legislação. A previsão é de esse termo seja assinado nops próximos sete dias. "Eu fico preocupado porque o banqueiro pode não querer assinar e as autoridades vendo a agência funcionar sem nenhuma segurança. Se isso acontecer, nós vamos nos juntar com alguns trabalhadores, podendo chegar até a interditar algumas agências", comenta Cassiano.

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