quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dinheiro tem, o que falta é vontade para resolver o problema da seca


O que é mais importante para o povo sofrido e sedento do Agreste e Sertão pernambucano? Um estádio novinho em folha ou um poço artesiano e uma barragem em condições de armazenar água pelo tempo que durar a estiagem? A resposta a esta pergunta todos nós, os sensíveis e sofredores, já sabemos. Quem falta saber é o Governo estadual, que é totalmente insensível com o sofrimento do homem do campo, pois criou um centro climático que ainda não disse a que veio e não conseguiu justificar o gasto do nosso imposto com a sua criação e manutenção. O tal centro, que fora anunciado como um importante aliado na prevenção de calamidades não fez nada que pudesse antecipar as ações do Governo estadual em relação à seca deste ano.
Pernambuco tem história de torrar o nosso dinheiro em obras faraônicas superfaturadas que não pensam no seu cidadão nem nas suas necessidades. No passado, foi o dinheiro de uma Celpe inteira para fazer 100 km da BR mais cara do mundo e agora se gastam bilhões para fazer uma Cidade da Copa, enquanto cidades inteiras tendem a desaparecer por falta de uma coisa básica para todo ser humano: água.
Certamente vai aparecer quem diga que o dinheiro não é estadual etc. Porém, não vai convencer o povo sofrido que está morrendo de sede e que vê uma facilidade do governo de Pernambuco para aplicar recursos no supérfluo e uma dificuldade imensa de aplicar estes mesmo recursos para resolver o problema da estiagem. Com o dinheiro gasto na Cidade da Copa, quantos açudes, poços artesianos e estações de tratamento d’água dariam para fazer? Onde está o ministro pernambucano da Integração que, sob o medo de perder o emprego, não visita e nem faz nada pelo estado onde nasceu e mora? Ô povo azarado, o pernambucano.

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