Esquivando-se do índice de 54% de desaprovação dos olindenses sobre o seu mandato, o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB) optou em analisar a pesquisa do Instituto Exatta, divulgado pela Folha, ontem, sob um ponto de vista mais otimista. O prefeito preferiu se pronunciar apenas sobre os dados que o apontam com 29% da intenção de votos contra 13% do ex-deputado estadual André Luiz Farias (PMN), o Alf. “O resultado foi excelente, pois tenho uma aceitação maior do que meu concorrente direto (Alf). Ele possui 38% de rejeição, com relação aos eleitores que não votariam nele de jeito nenhum. Eu tenho apenas 36%”, analisa.

Já o pré-candidato, Alf, que presidente o PMN olindense, também acha a pesquisa positiva, mas sob outro aspecto. “Os resultados serviram para consolidar a oposição. Sobretudo, abre uma grande perspectiva de ganharmos o segundo turno”, ressaltou. Por considerar a atuação do  PCdoB como “gestão falida”, Alf acredita que é necessário apresentar algo novo para os olindenses. “Renildo fez várias tentativas para permancer à frente das pesquisas, mas a população está cansada da mesmice”, destaca.

Com a possibilidade do prefeito Renildo Calheiros melhorar a margem de rejeição, caso receba o apoio do governador Eduardo Campos (PSB) e da presidente Dilma Rousseff (PT),  André Luiz Farias afirma com tranquilidade que isso não vai ser um fator determinante para a vitória dele. “Temos dois casos em 2008, o do deputado Gonzaga Patriota que tinha apoio da Frente Popuçar, de Lula e de Eduardo, e que perdeu para Júlio Lóssio (PMDB). E também o caso de André Campos (PT) que contava com os mesmos apoios e perdeu a eleição de Jaboatão (dos Guararapes) para Elias Gomes (PSDB)” comparou Alf. Já Renildo prefere não falar sobre à formação de alianças no momento.

Quarto lugar na pesquisa com 7% das intenções de voto, o deputado estadual Ricardo Costa (PTC) ressaltou o crescimento que obteve em relação à última pesquisa. “Em um mês de pré-campanha, nós crescemos 2%, então até chegar a eleição estaremos com 20%”, afirmou. Para ele, o índice favorável a Renildo é resultado de uma gestão negativa. “É uma avaliação de que ele vai perder a eleição, hoje ele tem a máquina na mão e só tem 29%, se eu fosse ele já estava correndo”, ironizou.