Muito se fala em mobilidade urbana e em resolver os problemas ocasionados pelo excesso de veículos, especialmente nas metrópoles. Mas, afinal, o que é mobilidade urbana? Quando uma cidade proporciona mobilidade à população, oferece as condições necessárias para o deslocamento das pessoas. Em outras palavras, ter mobilidade é conseguir se locomover com facilidade de casa para o trabalho, do trabalho para o lazer e para qualquer outro lugar onde o cidadão tenha vontade ou necessidade de estar, independentemente do tipo de veículo utilizado.

O conceito não deve ser confundido com o direito de ir e vir preconizado pela Constituição. Ter mobilidade urbana é pegar o ônibus com a garantia de que se chegará ao local e no horário desejados, salvo em caso de acidentes, por exemplo. É ter alternativas para deixar o carro na garagem e ir ao trabalho a pé, de bicicleta ou com o transporte coletivo. É dispor de ciclovias e também de calçadas que garantam acessibilidade aos deficientes físicos e visuais. E, até mesmo, utilizar o automóvel particular quando lhe convir e não ficar preso nos engarrafamentos.

Entendo que o Governo Federal, nos últimos anos, tem-se preocupado com a questão da mobilidade urbana, direcionando projetos e recursos para tentar resolver seus problemas. O relatório preliminar do Plano Plurianual (PPA) de 2012 a 2015 prevê investimentos de R$ 18 bilhões em mobilidade urbana nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.

Mais uma pesquisa sobre a mobilidade urbana indicou que 41% da população brasileira acha que o serviço de transporte público é ruim no país e 30% que o serviço é bom. Os dados são referentes a municípios com mais de 100 mil habitantes. 

A pesquisa é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que avaliou como os brasileiros se deslocam no país. Foram entrevistadas 3.781 pessoas em 212 municípios de todas as regiões do país entre os dias 8 e 29 de agosto de 2011. O estudo apontou também que quanto maior a renda salarial do usuário, menor é a utilização do transporte público.

Resultado final o governo precisa fiscalizar e deixar de lado a velha amizade com os amigos empresários das empresas que oferecem o serviço de transporte público que ganhão muito dinheiro com a população servindo um serviço ruim. Segundo ainda a pesquisa, o transporte individual é o meio preferido, pelo conforto e rapidez! O congestionamento é apontado nas maiores regiões como o fator que compromete a ida e vinda dos cidadãos. Enquanto as políticas públicas beneficiarem o automóvel em detrimento do transporte público, teremos grande índices de congestionamentos, já que em nenhuma cidade Brasileira o viário cresce proporcionalmente ao número de carros emplacados.

Fica a pergunta se os governantes acham o transporte bom porque os mesmo não usam no dia-a-dia como veiculo?