Quanto a Mesa da Unidade do Recife – grupo que reúne os partidos que fazem oposição ao prefeito João da Costa (PT) – permanece em um hiato indefinido, sem planejamento de novas ações, o Movimento das Oposições de Olinda, que adota um modelo semelhante de funcionamento, corre contra o tempo para dar segmento às atividades de ficalização do governo de Renildo Calheiros (PCdoB). O grupo, formado por dez partidos, se reuniu no início desta semana para definir a nova agenda: uma ação de fiscalização para o dia 7 de março, e uma ação propositiva, possivelmente uma palestra, em data a ser definida.
“E como a nossa tribuna não foi entregue ainda pela Justiça, vamos providenciar uma nova”, avisou a pré-candidata à Prefeitura de Olinda, Isabel Urquisa (PMDB), referindo-se ao púlpito móvel que era utilizado para os discursos nas ações empreendidas, e que foi confiscado pela prefeitura durante uma visita do Movimento ao Mercado de Peixinhos no início de janeiro. No próximo mês, o grupo começa a debater questões relacionadas à coligações e estratégia eleitoral.
O clima entre os pré-candidatos que integram o Movimento é de uma união que deve se estender às urnas. “Ainda não definimos quais são os partidos que vão coligar. Mas iniciaremos o debate no próximo mês”, contou Isabel. “Sabemos que o melhor é fazer uma coligação para chegar ao segundo turno”, completou a peemedebista.
VISITA
O pré-candidato à Prefeitura de Olinda, André Luiz Farias (PMN), conhecido como Alf, decidiu, a exemplo da também pré-candidata Terezinha Nunes (PSDB), não esperar as definições da oposição quanto à cadidaturas e início de uma agenda própria de olho no pleito que se aproxima. Hoje, Alf visita o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, para começar o que denominou de Agenda 33. “Nosso projeto inclui várias visitas a diversos segmentos, com objetivo de colher subsídios e propostas para a cidade de Olinda”, explicou. “Nosso primeiro foco será o desenvolvimento econômico”, completou, explicando o motivo da escolha do Porto Digital e enfatizando que Olinda tem potencial para abrigar um novo polo tecnológico.
O pré-candidato também não descarta a união das oposições da cidade em torno de um nome comum. “Nós vamos construir uma aliança dentro do movimento das oposições”, comentou otimista. “Estamos tranquilos e preparados para receber apoio ou para apoiar outra candidatura que demonstre maior viabilidade”.