Sinto-me abandonado quando o assunto é exercer a cidadania. Como recifense, não posso deixar de fazer críticas à atuação de nossos governantes, seja municipal ou estadual. Ao curtir a praia de Boa Viagem durante o Carnaval com minha família, presenciei várias cenas de falta de cidadania. Afinal de contas, o que é permitido na orla de Boa Viagem?
Há grupos de rapazes (maiores de 18 anos) jogando bola no período da manhã, principalmente no trecho entre o edifício Acaiaca e a Padaria Boa Viagem. Há também pessoas jogando frescobol, com suas raquetes de madeira e bolas ameaçadoras. Somos ameaçados por bolas de todos os lados. Faz algum tempo, inclusive, levei uma bolada na perna de uns jogadores de frescobol. Sinto-me bastante incomodado com esses grupos e não sei a quem recorrer. Será que vale aquela máxima que diz: os incomodados que se mudem? Devo deixar de ir à praia?
Procuro ser um bom cidadão, pagando meus tributos em dia, mantendo as ruas limpas, não estacionando em local proibido, etc. Sentindo-me ameaçado e incomodado pelo jogo de futebol. Recentemente, liguei para o número 190 (Polícia Militar) e me informaram que estavam mandando uma viatura. Espero a tal viatura e as providências até agora. No dia seguinte, o futebol continuava a todo pique. Algumas vezes me sinto um idiota, como se apenas eu estivesse preocupado com o bem estar da coletividade.
Precisamos ser mais ouvidos (lidos), pois, talvez assim, os governantes façam alguma coisa. A propósito, logo após ser oficializado como secretário de turismo da cidade do Recife, abordei o senhor André Campos, durante sua caminhada dominical na praia, e o questionei sobre a prática de frescobol na areia. O secretário me disse que aquilo era “irregular” e que havia lei proibindo.
Pois bem, gostaria de saber qual a lei que disciplina a prática de esportes na areia e quem é o responsável pela fiscalização, o prefeito João da Costa ou o governador Eduardo Campos? As famílias, principalmente aquelas com crianças, que frequentam a praia de Boa Viagem e tantas outras do nosso Estado, querem saber. Lutemos por mais civilidade.
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