sexta-feira, 2 de março de 2012


      O aumento dos professores
Os governadores pressionam a presidente Dilma para que o novo piso salarial dos professores seja com base no índice do INCP (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que fechou o ano passado em 0,08%. Nesse patamar, todos os Estados teriam condições de arcar.
Mas o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em depoimento no Senado, anteontem, anunciou que o piso nacional da categoria passará de R$ 1.187 para R$ 1.451, uma alta de 22,22%. O critério de reajuste é o aumento do valor gasto por aluno no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).
A lei prevê que todos os Estados e municípios paguem no mínimo esse valor por uma jornada de trabalho de 40 horas. Além disso, um terço da jornada de trabalho deve ser fora da sala, na elaboração de aula e atendimento a alunos.
Mercadante reconhece que a alta exige grande esforço de Estados e municípios e, na fala no Senado, fez um alerta aos governadores que insistirem em não cumprir a lei. Segundo ele, qualquer mudança no modelo de aumento vai acirrar greves.
Um dia antes, 13 governadores recorreram ao presidente do Senado, José Sarney, a 500 metros da sala em que Mercadante participou da audiência pública, para que levasse a Dilma a preocupação dos Estados com o novo aumento. Alegam que não podem assumir os 22,22% de aumento aos professores.
ESFORÇO – A lei que estabelece o novo piso nacional dos professores não prevê punição específica para quem a descumpre, como corte de repasses do MEC. No entanto, Ministério Público e entidades de classe podem questionar na Justiça o não pagamento. “É um reajuste forte, um esforço muito grande para Estados e prefeituras, mas se não tivermos um piso não valorizamos os professores, não vamos ter um salto de qualidade no ensino”, alerta Mercadante.
Esforço pela unidade - Pré-candidato do DEM a prefeito do Recife, o deputado Mendonça Filho defende um amplo entendimento com Raul Henry (PMDB) e Raul Jungmann (PPS), também pré-candidatos no bloco da oposição. E não descarta abrir mão também da postulação. “Hoje, lidero as pesquisas, mas não serei impedimento para o fortalecimento da oposição”, avisa.
O primeiro debate - A Folha de São Paulo, em conjunto com o portal UOL, integrante do grupo, e a Rede TV, já fechou a data do primeiro debate entre os candidatos a prefeito do Recife. Será no dia 10 de setembro, com a participação de jornalistas nacionais. Também fechou as datas de São Paulo (3/9), Rio de Janeiro (5/9), Belo Horizonte (7/9) e Fortaleza (12/9). As regras ainda estão em aberto.
A tese de Serra - O pré-candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, é favorável à tese de que nomes de peso da oposição disputem as eleições nas principais capitais do País. Em silêncio, estimula Jarbas Vasconcelos (PMDB) e entrar no páreo no Recife, Tasso Jereissati (PSDB) em Fortaleza e  Arthur Virgílio (PSDB) em Manaus. No Recife, o maior inimigo da proposta é o presidente tucano Sérgio Guerra.
De corpo e alma - O senador Jarbas Vasconcelos abriu, definitivamente, a sua agenda para entrar na discussão da sucessão municipal no Recife. Na quarta-feira, recebeu em seu gabinete, em Brasília, o pré-candidato do PPS, Raul Jungmann, que estava acompanhado do presidente nacional da legenda, deputado Roberto Freire (SP). No cafezinho do Senado teve uma conversa com Mendonça Filho (DEM).

CURTAS  
SÓ ONZE– Na audiência pública no Senado, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fez uma revelação surpreendente. Disse que apenas 11 Estados pagam hoje valores mínimos acima do piso nacional dos professores. Mas não quis divulgar a relação para não provocar a ira dos governadores.
SEM RETROCESSO – O pré-candidato do DEM a prefeito do Recife, Mendonça Filho, revela que ouviu do presidente do PPS, Roberto Freire, um desmentido à informação de que seria um retrocesso o PMDB se aliar ao Democrata no Recife. “Se ele não falou, alguém usou o seu nome e nós já sabemos quem foi”, disse Mendonça.
PERGUNTAR NÃO OFENDE – Eduardo da Fonte será de fato o candidato dos dissidentes da Frente Popular a prefeito do Recife?

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