Apesar de a oposição em Olinda sofrer com a falta de uma liderança que tenha força suficiente para aglutinar os partidos contrários à gestão do prefeito Renildo Calheiros (PCdoB), um fator que poderá ajudar as legendas, em caso de união na reta final da pré-campanha eleitoral, é o tempo de inserção na televisão e rádio. Isso porque, numa conta rápida, somados os minutos do PMDB – da pré-candidata Izabel Urquisa – e do DEM – com o empresário Armando Sérgio – o bloco totalizaria mais de nove minutos diários para apresentar suas proposições.
Contudo, para se atingir ao total para o guia eleitoral, a união PMDB-DEM se traduziria em se abdicar de projetos de candidaturas. As duas postulações cravaram maio o período determinante para tomar corpo à composição de uma chapa contrária à candidatura do prefeito Renildo Calheiros. O que vai balizar serão pesquisas eleitorais, aliados a outros critérios. Quem estiver mais bem colocado nas intenções de votos deverá ocupar a cabeça de chapa. Segundo a peemedebista Izabel Urquisa, há um acordo entre as legendas de apoio mútuo no pleito.
“Se na oposição de Olinda houvesse uma liderança que polarizasse a disputa contra o governo, a questão do apoio seria facilmente resolvida. Porém, diante do quadro, temos que manter o nome até a reta final. Há um acordo entre os partidos de que aquele mais bem colocado em pesquisas e outros critérios deverá assumir a cabeça de chapa”, ressaltou Izabel Urquisa. Caso não atinja o patamar eleitoral suficiente para concorrer ao pleito, a peemedebista adiantou que não deverá disputar uma das vagas na Câmara Municipal. “Minha pretensão é concorrer a prefeitura. Caso não, a gente pode até indicar um nome numa eventual aliança com os outros partidos”, acrescentou.
Izabel Urquisa contou que a saída da ex-deputada Terezinha Nunes na disputa em Olinda, em função da aliança eleitoral entre tucanos e comunistas, não causou surpresa a oposição. A peemedebista considerou que a retirada obedeceu a uma estratégia de partido. Contudo, a pré-candidata condenou a postura do PSDB. “Não há coerência na postura e na ação do PSDB, que ora vinha fazendo um trabalho de oposição em Olinda e no lado promete subir no palanque do prefeito”, avaliou.