terça-feira, 27 de março de 2012

Tráfico faz vítimas adolescentes na RMR Dois jovens, um de 14 e outro de 17 anos, foram mortos nos últimos dias por envolvimento com o tráfico de drogas. Casos aconteceram na Muribeca, em Jaboatão, e em Abreu e Lima

A madrugada desta terça-feira (27) foi marcada por violência motivada pelo tráfico de drogas na Região Metropolitana do Recife. Um adolescente de 14 anos, viciado em crack, foi morto por traficantes na Vila dos Palmares, Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes. Já em Caetés Velho, em Abreu e Lima, o corpo de um jovem de 17 anos foi encontrado com perfurações nas costas em um conhecido ponto de venda e consumo de entorpecentes.

Segundo a polícia, Breno Henrique José dos Santos morava na Vila dos Palmares, na Comunidade da Muribeca. Seu corpo foi encontrado na noite de segunda-feira (26) ferido por seis disparos de revólver, em um popular ponto de tráfico de drogas na localidade. Os nomes dos traficantes que respondem pela autoria do crime não foram revelados. Ainda de acordo com policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que registraram a ocorrência, o adolescente estaria devendo dinheiro aos traficantes. Breno chegou a ser levado ao Hospital Otávio de Freitas, mas não resistiu.

Enquanto isso, o jovem Danilo Rodrigues da Silva estava desaparecido desde o sábado (24). Após denúncias à Delegacia de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP) da Força Tarefa Norte, ele foi achado morto na madrugada desta terça, em Caetés Velho, com várias perfurações pelo corpo. Danilo estava na Travessa Rui Barbosa, um lugar também conhecido por ser frequentado por traficantes e usuários de entorpecentes.

Nenhum familiar da vítima havia aparecido até esta manhã, quando o pai e o tio do rapaz compareceram à DHPP. Os familiares confirmaram que o Danilo era usuário de crack e já tinham feito de tudo para tirá-lo do vício. "A gente já tinha trancado ele em casa, internado em clínica, mas nada adiantava. Ele sempre fugia para consumir droga. Não estudava mais, não ficava mais com a família, saía e sempre voltava drogado. Nós inclusive já pagamos várias dívidas feitas por ele. Chegamos a sofrer ameaça de traficantes e tudo", desabafa o tio de Danilo, Ricardo Rodrigues, que conclui: "que meu sobrinho sirva de exemplo para jovens não entrarem no mundo das drogas."

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