“Um dos grandes desafios que temos de enfrentar é dar sustentabilidade a esse desenvolvimento. O nosso modelo de desenvolvimento é mais equilibrado e mostra que não somos excessivamente dependentes de uma conjuntura internacional”, disse Pereira.
Uma das principais preocupações do governo é com a oferta de crédito no mercado, que pode levar ao endividamento das famílias. Para o diretor do BC, é necessário que as pessoas tenham prudência e moderação na hora de lidar com os gastos. “É preciso ter educação financeira”.
Segundo o vice-presidente do banco Itaú-Unibanco, Marcos Lisboa, o país precisa melhorar o marco constitucional do investimento em infraestrutura para continuar se desenvolvendo. Segundo ele, a redução dos custos de infraestrutura, com melhoria de estradas e portos, além da ampliação do acesso à energia, vira benefício para todo o setor produtivo, aumentando a capacidade de crescimento no futuro. “Esse crescimento deve continuar e a classe média é o resultado desse crescimento.”
Para o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP) André Portela, o ciclo virtuoso brasileiro é fruto do crescimento econômico. Ele disse que o grande desafio do país está em como manter esse crescimento sem esbarrar em restrições. “É preciso criar novas instituições no século 21 capazes de lidar com essas situações [surgimento da nova classe média].
Durante o seminário, também foi abordada a criação de políticas públicas para a nova classe média. Segundo o subsecretário da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Ricardo Paes de Barros, nos últimos dez anos muitas mudanças ocorreram, principalmente na área social. Ele acredita que o aumento do número de trabalhadores formais foi essencial para o crescimento da classe média. "O Brasil saiu de 8 milhões para 24 milhões de trabalhadores formais. É preciso aperfeiçoar o seguro-desemprego e reduzir a rotatividade da força de trabalho."
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