quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Morto, friamente, a pedradas

Muita gente, mas poucas informações. Esse foi o cenário observado no homicídio de Rafael Gomes da Silva, de 24 anos, ocorrido na madrugada de ontem, no Brejo de Beberibe. Ele foi morto a pedradas em um campo de futebol, localizado na avenida Otacílio de Azevedo, ao lado do Conjunto Habitacional Josué Pinto, e o corpo só foi encontrado no início da manhã, quando moradores começaram a circular pela área indo em direção ao trabalho. Eles localizaram o cadáver e acionaram o Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods), através do telefone 190. Uma equipe do 11º Batalhão da Polícia Militar (BPM) foi acionada para a área e realizou o isolamento da cena do crime.

Várias pedras, algumas muito grandes, foram encontradas ao lado do corpo e em cima da cabeça. Familiares do rapaz, que morava no Alto do Rosário, próximo ao local do crime, também foram até o local para acompanhar os trabalhos das autoridades policiais. Eles informaram que Rafael não tinha passagem pela polícia, mas era usuário de drogas. Sobre autoria e motivação do crime, nenhuma informação importante foi repassada aos policiais. “Aqui prevalece a lei do silêncio, mas dá pra perceber que pelo tamanho da pedra utilizada, mais de uma pessoa participou do crime”, explicou o cabo Amiel Alcântara, do 11º BPM.

Uma equipe do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati), do 11º BPM, também foi ao local para dar apoio na ocorrência. O horário e o pouco movimento de pessoas dificultaram ainda mais o trabalho da polícia. “Ninguém percebeu o homicídio e só vieram encontrar o corpo pela manhã”, reforçou Amiel. O caso começou a ser investigado pela Força Tarefa da Capital do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Técnicos do Instituto de Criminalística (IC) também foram enviados à área para realizarem o trabalho de perícia. Ficou constatado um afundamento de crânio na vítima. Após os trabalhos do DHPP e do IC, o corpo de Rafael foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), no Recife. A delegacia responsável pela área do Brejo de Beberibe ficará responsável pela continuidade das investigações e conclusão do inquérito policial. Nenhuma pessoa foi detida como suspeita em relação a este crime.

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