quarta-feira, 31 de agosto de 2011

COLUNA POLITICA




       Fim de um ciclo de tragédias?
Ao discursar, ontem, em Cupira, a presidente Dilma classificou de “parceria da prevenção” o repasse dos recursos ao Estado para construção de cinco barragens em áreas estratégicas do Agreste Setentrional com a finalidade de livrar boa parte do Estado de futuras cheias, princiapalmente a Mata Sul.
Das cinco, duas foram autorizadas ontem mesmo e o restante sairá até o final do ano, conforme cronograma traçado pela União. No início do ano, diversas cidades da Mata viveram o drama das enchentes, com milhares de desabrigados. Um quadro triste e comovente, que só não se repetirá mais na frente se o Governo cumprir realmente com a promessa de construção das chamadas barragens de contenção de cheias.
 Isso será possivel, segundo o governador, em cinco anos, bem diferente do que ocorreu no passado para livrar o Recife das enchentes. “Levaram 30 anos para tirar Tapacurá do papel. Nós vamos fazer isso em cinco anos com um moderno sistema, já em funcionamento, de monitoramente do nível de barragens e rios da região”, disse o governador.
O entusiamo juvenil do governador é compreensível. O lote de barragens é a salvação de muitas vidas, o fim de um ciclo de tragédias na Mata. Agora, é torcer para que as obras andem e que não ocorra com as barragens o mesmo que se observa com a transposição, que anda a passos de tartaruga.
DUPLICAÇÃO – A melhor notícia para o Interior, especialmente o Agreste, dada por Dilma na sua visita a Pernambuco, foi comemorada intensamente em Garanhuns: a duplicação do trecho que liga a suiça pernambucana ao município de São Caetano. Jarbas tinha planos também para tocar o projeto, mas nem ele nem Eduardo, no seu primeiro mandato, levaram a frente a viabilidade do estudo técnico, o que será feito agora, segundo garantiu a presidente.
A gafe da visita  - Na entrevista em Caruaru e ao final do seu discurso em Cupira, a presidente Dilma cometeu a gafe de errar o nome da cidade, chamando-a de Curupira. Mas, o entusiasmo da plateia levada para aplaudi-la era tão grande que passou despercerbido. Só os mais curiosos e exigentes perceberam o tropeço verbal.

Bola cheia - O ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, está de fato com a bola cheia junto a chefona Dilma. Em seu discurso, ontem em Cupira, e na entrevista em Caruaru, a presidente se derramou em elogios ao seu trabalho. “Fernando vem fazendo um trabalho de forma muito competente para tocar a transposição, projeto complexo e que investiremos R$ 8 bilhões”, disse.
João topa prévias  - Presente, ontem, ao ato com Dilma em Cupira, o deputado João Paulo deu a entender, numa conversa com este blogueiro, que não sairá do PT e que lutará para ser candidato a prefeito do Recife pela legenda. Perguntado se era favorável a prévias e se topava disputar uma eleição primária com João da Costa, disse que aguardaria uma posição do PT.
Vai à reeleição - O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), reassumiu o mandato depois de umas férias vapt-vupt e ontem mesmo entregou a 38ª creche da sua gestão em menos de um ano. Flertado mais uma vez pelo PSD de Kassab, Lóssio disse ao prefeito de São Paulo que está muito bem no PMDB e é pela legenda que disputará a reeleição no ano que vem.
CURTAS
POPULARIDADE– Enquanto a comitiva de Dilma saiu, ontem, do evento em Cupira por uma área reservada, o deputado João Paulo preferiu andar no meio do povo para testar a sua popularidade. E não deu outra: muita gente pediu fotos ao seu lado.
AUSENTES– Os senadores Armando Monteiro e Humberto Costa queimaram a agenda do Congresso, ontem, para acompanhar a presidente em Pernambuco. “Dilma reafirmou seus compromissos com o Estado”, comentou Armando, referindo-se às barragens.
APELO – Na aula inaugural do curso de Medicina na Faculdade de Garanhuns, a presidente fez um apelo para que os futuros médicos ficassem trabalhando na região. Faltam médicos nos hospitais do Interior, porque, infelizmente, eles preferem atuar na capital.

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