quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Criança usada como escudo em fuga

Criminosos utilizaram uma criança de apenas 10 anos de idade como escudo para escapar de uma perseguição policial, na manhã de ontem, na comunidade do Detran, Iputinga, Zona Oeste do Recife. Os policiais chegaram ao local para investigar uma denúncia de sequestro e foram recebidos a tiros por cerca de três homens. Depois de uma troca de tiros, foi pedido reforço. Em poucos minutos, cerca de 30 homens estavam no local, incluindo bombeiros, além de dois helicópteros da Secretaria de Defesa Social (SDS). Os policiais conseguiram resgatar o menino, que não teve sua identidade revelada, e devolvê-lo a sua família, mas ninguém foi preso. 

A perseguição teve início por volta das 11h, quando duas guarnições do 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM) chegaram à comunidade. Segundo informações dos próprios PMs, quando estavam nas proximidades da rua Doutor Sebastião de Souza, foram recebidos a tiros pelos criminosos. Nesse momento, eles teriam revidado. Os homens teriam seguido em direção ao rio Capibaribe e pego a criança, que brincava no local, para evitar que os militares atirassem em sua direção. Eles teriam entrado em um barco e se dirigido, com a criança, para a Ilha do Bananal. 

“Nesse momento, tivemos que dar uma trégua e paramos de atirar. Quando eles atravessaram o rio Capibaribe, liberaram o menino. Conseguimos um barco emprestado da população e o resgatamos. Depois o entregamos para a família e demos prosseguimento à perseguição”, comentou o capitão do 13º batalhão de Polícia Militar, Gilmar Carvalho. Os policiais militares do 13º BPM foram auxiliados por homens do 11º BPM e do Corpo de Bombeiros, que chegaram ao local com barcos infláveis. Os helicópteros da SDS também reforçaram as buscas, mas os criminosos conseguiram fugir.

Depois de receberem a criança dos braços dos policiais, familiares do menino levaram ele para a sua residência, localizada na rua Engenheiro Sales. Ao receberem a reportagem, eles negaram que a criança tivesse sido usada como escudo por criminosos. “Os policiais chegaram lá perto do rio Capibaribe já atirando. O menino saiu correndo com medo e se jogou no rio. Saiu nadando e se escondeu das balas. Não teve essa história de perseguição aqui não. Os policiais sempre entram aqui com muita agressividade”, comentou uma parente da criança, que se negou a dar o nome.  O capitão Gilmar Carvalho negou a versão dos familiares do garoto. “A gente foi recebido à bala sim. Depois fugiram correndo, pegaram a criança e entraram com ela no barco, só liberando ela na outra margem do rio”, comentou. Em relação ao possível sequestro que teria levado a polícia ao local, até o fechamento desta edição, os policiais não haviam conseguido 

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