quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Flanelinhas e banqueiros: uma questão de status



No mesmo dia em que um flanelinha foi enjaulado no Cotel por cobrar a fortuna de 2 reais por um bilhete de estacionamento na zona azul, o banqueiro responsável por um pipoco de 1,6 bilhão de reais no Banco Central recebeu alvará de soltura condicional no Rio de Janeiro. Grilo pensante, o jornalista José Adalberto Ribeiro afirma: “Banqueiros e flanelinhas são personagens emblemáticos nestas terras brasileiras onde canta o carcará e onde cantava o sabiá.
 “O homem de 1,6 bilhão voou para a liberdade feito um passarinho. O flanelinha de 2 reais foi conhecer uma das sucursais do inferno no sistema penitenciário brasileiros. No câmbio flutuante, um banqueiro hoje vale cerca de 1 bilhão 167 milhões de flanelinhas que operam no mercado do bilhete azul dos estacionamentos.
“Delegado, tu é muito macho para prender um flanelinha de 2 reais, mas tu não tem peito para prender um banqueiro agiota. Nesta cidade lendária de Recife os flanelinhas e seus colegas os banqueiros e os donos de estacionamento exercitam o ofício de extorquir a freguesia. Bilhete de zona azul a 1 real é ficção.
“Cada vez que o papaizinho aqui estaciona na mesa de um gerente de banco, estou sendo extorquido. E o meu banqueiro nunca foi preso. Banqueiros são hereges pela própria natureza”, desembucha o bicho- grilo José Adalberto Ribeiro na crônica intitulada “Flanelinhas e banqueiros: uma questão de status”,

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