sábado, 6 de agosto de 2011

Lóssio aponta contradições de Eduardo, de forma dura. E reclama de lagartixas que só balançam cabeça para o poder



O prefeito de Petrolina apontou, uma série de contradições do governador Eduardo Campos, ao ser questionado sobre a reação do governador à polêmica da municipalização dos serviços da Compesa. Petrolina quer cuidar da área. Eduardo é contra e criticou a iniciativa, contrariando o prefeito. Lóssio, aliado de Jarbas, aproveitou o programa para fazer duas críticas. No ar, o político apontou que a Compesa opera com uma superhávit de R$ 2 milhões na cidade e que esses recursos poderiam ser usados para que Petrolina tivesse um sistema de abastecimento de primeiro mundo.

“Se a Compesa é tão eficiente, porque não resolve o problema de abastecimento da Região Metropólitana do Recife. O que eles investem aqui a maioria é de recursos do Tesouro, não é estadual”, observou. “Se eles não cuidam do terreiro deles, como vão poder cuidar do terreiro dos outros”, gracejou, numa referência aos recursos que a empresa busca com a iniciativa privada, em um projeto de PPP.

Lóssio também lembrou que a Compesa é uma das cinco piores empresas de saneamento do Brasil e que até aliados do governo reclamam dos serviços da empresa.

Por fim, Lóssio ainda envolveu o nome do ministro FBC. “Essa luta não é minha, é de Petrolina. Fernando Bezerra Coelho encampou esse projeto, quando era prefeito”.
Ao ser provocado , Lóssio deu uma resposta ao que disse Eduardo Campos (a municipalização seria uma iniativa eleitoreira), o prefeito começou dizendo que respeitava a opinião do governador, mas ao mesmo tempo observou que Pernambuco estaria ficando um local preocupante, por não admitir contraditório. “Não pode existir democracia só de um lado. E Pernambuco está começando a ter muita lagartixa, só balançando a cabeça para o poder”, afirmou, numa possível referência a políticos que aderiram ao governo em busca da sombra generosa dos cargos públicos e verbas oficiais.

Antes de lembrar que o próprio Eduardo Campos defendeu a municipalização, ao lado de FBC, no governo Jarbas, Lóssio citou duas situações.

“O governador defendeu a (volta da) CPMF. Quando viu a reação ruim, ele voltou atrás”.

No ataque ao governador, Júlio Lóssio usou as estradas também.

“Mais recentemente, o governador questionou as estradas. Alegou que era por conta da privatização da Celpe. Como é que ele ainda fica falando disto, meu Deus. Foi no governo de Miguel Arraes que eles enviaram o projeto de privatização. As estradas precisam ser consertadas, as pessoas não estão preocupadas com isto.

“Aqui em Petrolina, quando se chega pelo aeroporto, há um trecho esburacado. Pega mal para o município, mas a estrada é estadual. A culpa é dele, eu já pedi uma conserva com o DER, pelo jeito vou ter que acionar o Estado, porque se seu investir dinheiro municipal seria improbidade administrativa. Por mim, eu já tinha consertado”, bateu, antes de finalmente chegar na questão dos recursos hídricos e de abastecimento.
“Há pouco tempo eles defendiam a municipalização, quando Jarbas era governador. Aliás, se Jarbas comenteu um erro, foi este, de não permitir a municipalização. Agora, (Eduardo), quando está no poder, mudou de ideia”, apontou.

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