sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Reviravolta no caso do torcedor do Náutico morto


O torcedor do Náutico Johnny Kaique Silva de Oliveira, 18, atropelado e morto na última terça-feira, quando ia para o clássico na Ilha do Retiro, se envolveu em brigas, dentro do ônibus e na rua, antes do acidente que o vitimou. A polícia chegou a essa conclusão na quinta-feira (11), após ouvir o depoimento de um adolescente de 17 anos que estava com Johnny no momento em que ele morreu.

De acordo com a versão contada à polícia pelo adolescente, torcedores da Fanáutico se confrontavam com integrantes da Torcida Jovem do Sport e provocavam algazarra dentro do ônibus, quando foram expulsos pelo motorista. Ao descer, Johnny discutiu com o condutor do veículo, que fechou a porta. O braço do adolescente ficou preso. A porta foi aberta novamente, o jovem saiu do ônibus e abaixou-se para pegar uma pedra e atirar contra o coletivo. Outros jovens também começaram a jogar pedras. Nesse momento, o motorista acelerou e atropelou o garoto.

O delegado Nilson Mota, que investiga o caso, disse que o ônibus já foi identificado. "A polícia agora irá procurar o motorista para interrogá-lo", salientou.

Inconformada com o ocorrido, a família de Johnny Kaique afirmou que ele costumava ir aos jogos do seu time, sempre caracterizado com os trajes da Fanáutico. Familiares disseram, ainda, que sempre alertavam o jovem para os riscos que ele corria. "Se eu pudesse dar um conselho a quem tem filhos, diria para nunca deixá-los ir aos estádios. Eles vão, mas não sabem se voltam. A violência é muito grande", lamentou um tio da vítima, o motorista Lourival Clemente da Silva.

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