COLUNA POLITICA

É preciso agora não parar Pressionado, o Governo ouviu o clamor da população sertaneja e começou, finalmente, a operação destinada a recuperação das estradas da região, que estão mais parecidas com tábua de pirulito. O secretário de Transportes, Isaltino Nascimento, que chegamos a apelidar de “Isaltino Buracão”, para tentar elevar o nível de pressão, prometeu tapar os buracos até o final do ano. A mais esburacada, a PE-295, que liga Afogados da Ingazeira a Albuquerquené, é um exemplo de que a palavra saiu do campo das promessas para a realidade. Cruzando o sertão nesses dias em que faço palestra no Pajeú passei pela estrada e pude constatar que, na verdade, as obras andam de vento em popa, com operários e máquinas na fase inicial de capinação e terraplanagem. A intenção do Governo é recuperar todas as estradas em situação de risco, aliás, que acabaram, incluindo a que liga Serra Talhada a Floresta, a PE-290, que é uma das piores, embora que tenha um dos maiores fluxos na região. O Governo Eduardo avançou em algumas áreas, tem aprovação popular, conforme atestam as pesquisas, mas precisava fazer uma dura intervenção nas estradas, que são, no momento, o gargalo da gestão socialista. Não há uma só região que se encontre estradas em bons níveis de conservação, sobretudo na Região Metropolitana. É preciso saber, no entanto, se agora a operação é mesmo confiável. Porque no passado, e não muito distante, o Governo começou a tapar buracos, a restaurar estradas que se acabaram, mas a ação não teve continuidade. As empreiteiras alegaram que pararam por falta de repasse do fluxo de caixa. Se isso ocorrer, a frustração será muito grande. BOLA DA VEZ– A revista Veja que chega às bancas amanhã está sendo aguardada com grande expectativa. Há especulações de que virá com novas revelações da podridão que atinge setores do Governo Dilma. A bola da vez continua sendo o ministro dos Transportes, Pedro Novaes. Segundo soube ontem, repórteres da Veja teriam descoberto escândalos envolvendo familiares do ministro. É mais um integrante do PMDB, partido que dá muito trabalho ao Governo. Cobra no quintal -  De um socialista bem próximo ao governador Eduardo Campos ao observar o isolamento do deputado João Paulo: “Se ele imagina que um dia o PSB pode abrir a guarda para ele, está morto. O governador não gosta dele, acha que faz política de forma egocêntrica e não iria criar uma cobra no seu quintal”. Perseguindo a unidade - O beija-mão do senador Jarbas Vasconcelos, ontem, por mais uma primavera, acabou se transformando num evento pré-eleitoral. Em silêncio, muitos aliados do peemedebista chegaram a lembrar o seu nome para prefeito do Recife. Mas ele não quer nem ouvir falar nisso. Disse que vai trabalhar efetivamente pela unidade das oposições, o que parece impossível. Sem faxina - No segundo turno da eleição presidencial do ano passado, Marina Silva, então no PV, que no primeiro turno se revelou a grande sensação do pleito, não aderiu a nenhum dos candidatos, nem a Dilma nem a Serra. Mas há quem desconfie seu voto em Dilma, a quem ela, ontem, voltou a atacar, desconfiando de que não faz faxina alguma. Prefeito rejeitado - Socialistas com trânsito livre no Palácio das Princesas garantem que não há interesse do PSB na adesão do prefeito de Gravatá, Ozano Brito, devido ao nível elevado do seu desgaste no município. Segundo pesquisas internas feitas pelo partido, para consumo do chefe, a rejeição a Ozano é grande. Melhor seria apoiar um candidato da oposição. CURTAS ROMPIMENTO– As relações do prefeito de Iguaracy, Albérico Rocha, com o ex-prefeito Francisco  Dessóles, andam estremecidas. Trata-se de mais um caso em que a criatura se rebela contra o criador. Mas, ainda não romperam oficialmente. Por enquanto. ENROLAÇÃO– O Governo Dilma enrolou mais uma vez a sua base aliada no Congresso. Prometeu liberar R$ 6 bilhões em emendas individuais dos deputados, mas pelo menos até ontem só haviam saído do cofre efetivamente apenas R$ 400 milhões. É o projeto rolando-lero. EM CARUARU – O prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), fez, ontem, uma vistoria a mais de 400 obras da operação tapa-buraco, que conta com 22 frentes de trabalho, equipada com caminhões, caçamba e basculante . Em dois anos, foram investidos R$ 25 milhões.