quinta-feira, 18 de agosto de 2011

COLUNA POLITICA




         Dilma massacra aposentados
Se há uma categoria que Lula massacrou sem piedade foi a dos aposentados. Em oito anos, os que estão na “melhor idade” não tiveram nenhum ganho adicional de salário na era Lula. Na campanha, na tentativa de corrigir o equívoco do ex-presidente, cuja popularidade com os velhinhos rasteja, a presidente Dilma prometeu o céu e a terra. Tudo enganação.
Os aposentados continuam sendo tratados a pão e água. Prova disso foi o gesto da presidente de vetar a regra que previa reajuste acima da inflação, em 2012, para aposentados e pensionistas da Previdência que ganham mais de um salário mínimo, incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada pelo Congresso.
Aposentados e pensionistas que ganham o piso salarial terão o benefício reajustado de acordo com a variação do salário mínimo, que leva em conta a variação do PIB de dois anos antes mais a inflação do ano anterior. Segundo o Ministério do Planejamento, o governo entende que não é adequado prever reajuste real na LDO e que o melhor dispositivo para isso é a proposta de lei orçamentária, que a presidente enviará ao Congresso até o fim do mês.
Não há garantia que o aumento será incluído no projeto do Orçamento. Ou seja, Dilma incorporou o estilo Lula no tratamento com os aposentados e pensionistas. A promessa de que pode incluir um percentual de aumento à categoria em proposta que será enviada ao Congresso passa a ser mais um capítulo dessa política desrespeitosa do Governo com quem tanto precisa de um salário real, corrigido e justo para levar o resto da vida em condições dignas. E não viver mendigando como hoje.

PACTO FEDERATIVO– O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), mandou, ontem, uma dura carta ao presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa (PDT), insurgindo-se contra a audiência pública da Alepe para tratar da polêmica privatização da Compesa. “Somos livres. Aqui, nunca sentimos o gosto da senzala ou a dor do “chicote do senhor de engenho”. A condução deste fórum neste momento é equivocada e, portanto, não reconhecemos legitimidade de seus pares em influenciar nosso legislativo municipal, por velada “quebra” do pacto federativo”, disse.
Lei da mordaça - Dona do latifúndio eleitoral do segmento dos professores em Pernambuco, a deputada Teresa Leitão (PT) adotou a lei do silêncio quanto ao movimento da categoria por melhores salários. Procurada ontem pela repórter Rivânia Queiroz para falar sobre o pior salário que se paga no País, a parlamentar não deu um pio.



O negócio é ser amigo do rei - O prefeito de Flores, Marconi Santana (PTB), é um político pragmático. Trocou na hora certa o seu candidato a deputado federal, descartando André de Paula e adotando Danilo Cabral. As dificuldades de atrair obras para o município acabaram. Hoje, Santana nem precisa ir diretamente ao governador Eduardo Campos. Diz que Danilo socorre o município na hora da agonia.
Rompendo fronteiras  - O deputado Tony Gel (DEM) aplaudiu, ontem, a abertura de um escritório nos Estados Unidos do laboratório Hebron, instalado em Caruaru. “A Hebron é motivo de orgulho para todos os pernambucanos. Antes de chegar aos EUA já havia rompido as fronteiras brasileiras abrindo uma representação no Peru”, destacou.
Abalo tucano - O PSDB está perdendo mais um prefeito para o PSB. Em breve, Ozano Brito, de Gravatá, estará trocando o bico tucano pela legenda do PSB. Quem negociou o ingresso do prefeito no partido do governador Eduardo Campos foi o líder do Governo na Assembleia, Waldemar Borges, que teve no município apenas 500 votos.


CURTAS
REELEIÇÃO– Com a ida de Ozano Brito para o PSB, o Palácio se compromete, naturalmente, com a sua reeleição, desprezando, assim, velhos aliados, como Luiz Prequé, que rezou a vida inteira pela cartilha do ex-governador Miguel Arraes. Sérgio Guerra já deu o aval a Ozano.
QUEDA O secretário de Cultura da Prefeitura do Recife, Renato L, adotado pelo senador Humberto Costa, está muito mal avaliado pelo prefeito João da Costa. E só não caiu até o momento porque tem um padrinho muito forte. Isso ficou evidente na reunião de ontem.
SEM FÉ – Em entrevista ao companheiro Adriano Roberto, no programa Frente a Frente, o secretário Isaltino Buracão, dos Transportes, repetiu a ladainha de que todas as estradas do Estado estarão recuperadas até o final do ano. Mas, no Sertão ninguém acreditou.

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