sexta-feira, 5 de agosto de 2011

COLUNA POLITICA


      Jobim construiu a sua degola
A saída de Nelson Jobim, do Ministério da Defesa, é a crônica da degola anunciada. Passo a passo, desde que sugeriu, há um mês, não tolerar o estilo autoritário de Dilma, Jobim pavimentou a sua demissão. Inteligente, preparado e com um passado limpo, o ex-ministro estava na função desde o Governo Lula, depois de uma passagem brilhante pelo Supremo Tribunal Federal, quando ali chegou nomeado ministro pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Jobim também serviu ao Governo FHC como ministro da Justiça e não há nada, ao longo deste tempo todo no poder, que possa arranhar a sua imagem. Nunca foi alvo de denúncias nem acusado de meter a mão no dinheiro público. Lá atrás, quando serviu a FHC e a Lula, Jobim tinha voz e autoridade.
Com Dilma, com quem não se bica, foi jogado na jaula dos leões, frito. Para se vingar, sabendo que a presidente só havia aceitado a sua permanência na pasta para agradar a Lula, Jobim chamou alguns ministros, inicialmente, de idiotas, o que irritou profundamente a presidente.
Mais na frente, numa entrevista à Folha online, revelou ter votado em Serra e não em Dilma. E a pá de cal foi ter afirmando, numa entrevista à revista Piauí, que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, era fraquinha. Depois dessa, se Dilma não tivesse dado o cartão vermelho para auxiliar tão língua solta estaria desmoralizada.
SAIA JUSTA– Numa entrevista ao Frente a Frente, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, deixou o deputado Daniel Coelho numa saia justa. Disse que nunca assumiu com o parlamentar o compromisso de lançá-lo candidato a prefeito do Recife caso ingressasse na legenda tucana. Guerra também foi claro em relação ao pós-comunista Raul Jungmann. “Jungmann só teria o nosso apoio no PSDB e até agora ele não garantiu que se filiará ao partido”, desabafou.
Rei do fisiologismo - Numa reportagem de página inteira, o jornal O Globo de ontem apresentou o pernambucano Oscar Jucá Neto, irmão do líder do Governo no Senado, Romero Jucá, como símbolo do que há de pior na gestão pública – o fisiologismo. Revelou que por onde ele passou deixou rastros e não teve competência sequer para administrar um restaurante no Recife, que faliu.




Ponte picolé superfaturada - A ponte inacabada Petrolina-Juazeiro, que a população da região batizou de “picolé”, e que presidente Dilma inaugura, hoje, teve aditivos ao contrato original com valores acima do que estabelece a Lei de Licitações. Se a faxina no Dnit incluir as maracutaias feitas ali ao longo dos últimos oito anos o País ficará sabendo que a dinheirama daria para construir três pontes.
Lula no paraíso - Vida de ex-presidente é uma maravilha. Lula viajou, ontem, para Bogotá num jatinho cedido por um empresário para participar de um fórum empresarial. Na segunda-feira, volta a Pernambuco, desta feita para fazer uma palestra de uma hora, embolsando R$ 350 mil. No Brasil, nunca um ex- ganhou tanto dinheiro.
Sucessão em Escada - Em Escada, na Zona da Mata, município com tradição em eleições acirradas, o processo sucessório já foi deflagrado. Vi algumas pesquisas ali nas quais o pré-candidato a prefeito pelo PV, Lucrécio Costa, aparece na dianteira, com mais de o dobro das intenções de voto de Chico Agrícola, provável candidato apoiado pelo prefeito.


CURTAS
JABOATÃO-FOLIA– O prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), lançou, ontem, o carnaval fora de época ma praia de Piedade nos dias 15 e 16 de outubro, numa promoção das produtoras ABPA, Sucesso e BG produções e o apoio do Governo do Estado.
EM PETROLINA O governador em exercício João Lyra Neto vai, hoje, a Petrolina para recepcionar a presidente Dilma no lugar do governador Eduardo Campos, que está na Colômbia. Eduardo tentou antecipar a sua volta, mas não conseguiu voo.
GREVE – Depois da greve na rede municipal de saúde logo no início do seu governo, o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), enfrenta, a partir de hoje, a paralisação dos professores, que exigem reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

Nenhum comentário: