segunda-feira, 23 de abril de 2012

Coluna Politica



         Por que Mendonça não une?
Dos candidatos da oposição a prefeito do Recife, Mendonça Filho (DEM) é o que se apresenta com mais potencial para enfrentar o PT, há 12 anos no poder. Nem sempre, no entanto, pesquisa é um fator preponderante numa eleição. O democrata está bem posicionado em todos os cenários levantados pelos mais diversos institutos, mas até agora não agregou.
Na pesquisa contratada por este blog ao Opinião, Mendonça é o segundo – tem 19% contra 25% do prefeito João da Costa. Já no cenário em que o prefeito é substituído pelo deputado Maurício Rands, o democrata assume a dianteira, conforme também registrou, ontem, o levantamento da Maurício de Nassau publicado no JC.
Enquanto os demais oposicionistas patinam entre 4% a 5%, com exceção de Raul Henry (PMDB), que chegou aos 12% em função da forte exibição na TV, há 10 dias, Mendonça mostra que sua posição nas pesquisas tende a ser uma tendência, desmistificando o argumento dos seus próprios aliados no campo da oposição, de que se trata de recall (lembrança).
Por que Mendonça não vence a barreira do isolamento, mesmo na liderança das pesquisas? Por um motivo muito simples: todos os candidatos oposicionistas acham que o PT se exauriu no Recife e que têm chances de conquistar o poder. Além disso, o partido de Mendonça tem uma imagem carcomida, daí a resistência para um entendimento por parte do PMDB, PSDB e PPS.
JOAQUIM  NA VICE – Numa eventual vitória de Rands nas prévias do PT em 20 de maio, o governador Eduardo Campos indicará um socialista para vice, que não será Danilo Campos nem muito menos Sileno Guedes. O nome que ganha mais força, hoje, é o do ex-governador Joaquim Francisco, ex-prefeito do Recife extremamente bem avaliado. Joaquim chegou à suplência do senador Humberto Costa apadrinhado pelo governador.
O imortal Rands - Ao apresentar nomes de intelectuais e literatos na lista que o credenciou a se inscrever nas prévias do PT no Recife, Maurício Rands, adversário do prefeito João da Costa, caiu na galhofa, mais uma vez. O que dizem, agora, é que não está disputando uma prévia partidária, mas sim uma vaga na Academia Pernambucana de Letras. Essa gente não tem jeito não!
Plano para seca - Antes de embarcar, hoje, para Aracaju, o governador Eduardo Campos recebe as propostas para levar a presidente Dilma das mãos do secretário de Agricultura, Ranilson Ramos. O Estado quer uma linha de crédito para financiar a compra de ração para 125 mil criadores, no valor de R$ 1,3 bilhão. O plano, que envolveu cinco secretários na discussão, pede a ampliação da frota de carros pipas de 550 para 800.
Estiagem duradoura - Em São Paulo, na semana passada, Ranilson participou de um evento climatológico e saiu de lá preocupado. Segundo ele, a previsão é que o Nordeste volte a ter um longo período de estiagem. Diante disso, ele incluiu no plano estadual a ampliação da capacidade hídrica das comunidades mais atingidas com a construção de 2,3 mil poços.
Assessor sergipano - Na reunião dos governadores hoje, em Aracaju, Eduardo, aliás, será auxiliado por Ranilson e pelo seu mais novo pupilo, que foi buscar em solo sergipano: o ex-deputado federal Pedro Valadares, sobrinho do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE). Pedrinho, como é mais conhecido, integra o núcleo palaciano da Assessoria Especial.

CURTAS
BALCÃO– O discurso do presidente da OAB, Ophir Cavalcanti, na posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Brito, provocou mal-estar no Congresso. Ele afirmou que o “Parlamento tornou-se um pântano” e que “com honrosas exceções, tem servido de balcão de negócios”.
GARANHUNS– Postaremos, hoje, a primeira pesquisa sobre a sucessão municipal em Garanhuns, contratada com exclusividade ao Instituto Opinião, de Campina Grande, que já fez levantamentos para o blog em Caruaru e Recife. Pelo nosso cronograma, mais de 20 municípios serão pesquisados.
PERGUNTAR NÃO OFENDE – Dilma tem dinheiro em caixa para atender aos pleitos dos governadores na reunião de hoje em Aracaju?

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