terça-feira, 2 de agosto de 2011

Israel negocia se palestinos desistirem da ONU


Israel está pronto a começar novas negociações de paz com os palestinos, usando as fronteiras anteriores a 1967 como uma base se a Autoridade Nacional Palestina (ANP) retirar sua proposta para se tornar integrante da Organização das Nações Unidas (ONU) o que significaria o reconhecimento da entidade, confirmou nesta terça-feira (2) um funcionário do governo de Israel.

O funcionário falou sob anonimato. Na noite de segunda-feira, reportagens exibidas na televisão israelense afirmavam que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia concordado em retomar as negociações com os palestinos e aceitado discutir o processo respeitando as fronteiras anteriores a 1967. Netanyahu até agora não se pronunciou.

Os palestinos não se impressionaram com a aparente oferta de Israel. O negociador palestino Saeb Erekat pediu nesta terça-feira a Netanyahu que "anuncie sua posição ao mundo e à mídia internacional". Netanyahu deveria anunciar "que as fronteiras de 1967 são a base para as negociações, bem como a suspensão de todas as construções nos assentamentos judaicos em terras palestinas, incluída Jerusalém Oriental". Erekat denunciou as matérias da mídia israelense como um exercício de "relações públicas".

"Durante as últimas semanas, houve uma tentativa de restaurar o processo de paz para permitir a retomada das negociações diretas entre Israel e os palestinos", disse o funcionário do governo de Israel à agência France Presse. "Isso é feito levando em conta que, se houver sucesso, os palestinos retirarão seu projeto de reconhecimento unilateral na ONU", afirmou.

O funcionário disse que não é pedido a Israel que volte totalmente às linhas fronteiriças que existiam antes de 1967, quando os israelenses capturaram a Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Segundo ele, um novo acordo levará em conta "as novas realidades demográficas", ou seja, os assentamentos israelenses.

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