sábado, 27 de agosto de 2011

Exército: o estupro, o silêncio. Fica por isso mesmo?



 Um soldado de 19 anos foi estuprado por quatro companheiros, no banheiro de um quartel do Exército em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ferido, o rapaz foi levado em sigilo para um hospital militar, onde ficou oito dias. Só no quinto dia a família foi informada da hospitalização, com uma história mal contada: disseram que o rapaz 'sofreu um mal súbito', 'numa atividade interna do quartel'.
Um sargento denunciou o caso; a investigação corre sob sigilo. O caso aconteceu em 19 de maio e até agora a única repreensão foi feita à mãe da vítima, ameaçada de prisão 'por insubordinação contra as autoridades militares'. A subversiva queria obter informações confiáveis sobre a saúde do filho. O rapaz violentado também sofreu ameaça: 'Tu vai se ferrar', disse-lhe um soldado.
O caso foi levantado pelo jornalista Igor Natusch, do portal Sul21, de Porto Alegre - guardem seu nome, porque o trabalho que realiza é impecável. E as autoridades? A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, declarou-se chocada - e chocada deve estar até agora, porque não se sabe de qualquer providência que tenha tomado. O então ministro da Defesa, Nelson Jobim, silenciou. O novo ministro da Defesa, Celso Amorim, também guarda diplomático silêncio. A presidente Dilma, cuja carreira se fez no Rio Grande do Sul, nada falou.

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