segunda-feira, 29 de agosto de 2011

COLUNA POLITICA



       Pelo menos um sinal

A presidente Dilma chega, amanhã, a Pernambuco para a sua primeira visita de trabalho. Nas duas oportunidades anteriores em que pisou o solo pernambucano – em Caruaru, para conhecer o São João e em Petrolina, indo em direção a Juazeiro (BA) – o Estado não teve resultado algum do ponto de vista de investimento e de liberação de recursos.

Na campanha, Dilma prometeu dar o mesmo tratamento ao Estado dispensado pelo ex-presidente. Na verdade, em oito meses de Governo não deu nem vem sinalizando que cumprirá a promessa. O Nordeste foi palco de lançamento de dois programas nacionais, mas Dilma preferiu discriminar o Estado, escolhendo a Bahia e Sergipe, ambos governados por petistas.

Não há um só investimento novo no Estado que tenha o dedo da presidente. Lula adorava vir a Pernambuco, foi dele a decisão pela implantação da refinaria em Suape e exerceu forte influência para atrair para cá a montadora da Fiat. Na passagem pelo Estado na terça-feira, Dilma resolver fazer um gesto.

Vai liberar os dois primeiros contratos de barragens para o programa de contenção de cheias na Mata Sul. Não deixa de ser, é verdade, algo positivo diante da situação de cofre vazio que impera em seu Governo, mas certamente o governador e os pernambucanos esperam muito mais da presidente imposta por Lula.

BATEU DURO - Do ex-prefeito de Belo Jardim, João Mendonça, sobre a nota de Mendonça Filho, que o chamou de traidor: 'Falta humildade. Ele perdeu Inocencio Oliveira em 2006, quando governador, pelo sapato alto e arrogância. Com Inocencio, ele disse: 'Se quiser, que venha a mim'. Ele queria que eu ficasse segurando a escada para ele e a familia. Meu grito de liberdade foi um ato de coragem. Não sou traidor e sempre tive em Mendonça uma pessoa decente. Sendo que, como político, é fraco, sem grandes gestos. Um filhinho de papai, que teve tudo muito fácil e não soube fazer verdadeiros amigos'. 

No olho do furacão – Não é apenas a ex-presidente da Fundarpe, Luciana Azevedo, que vai pagar um preço caro pelo vendaval de irregularidades na contratação de shows. Bruno Lisboa, que já dirigiu a instituição na era Jarbas, responde a processo de improbidade administrativa aberto pelo Ministério Público.






REVOADA – Aliado histórico do senador Armando Monteito Neto, o vereador Valdemir Cintra, de Belo Jardim, trocou ontem a legenda trabalhista pelo PSD, de Kassab, e ainda levou mais dois vereadores do PTB, além de José Pereira, do PDT. Valdemir diz que não traiu Armando. Foi obrigado a fazer a travessia partidária porque o senador preferiu manter o comando do seu grupo em Belo Jardim nas mãos do ex-deputado Cintra Galvão.

Postos fechados – A Polícia Rodoviária Federal fez uma “bondade” com Pernambuco: fechou sete postos no Estado, entre os quais três no Sertão. Integrante da base governista, o deputado Fernando Bezerra Filho (PSB) não gostou. Está exigindo do Ministério da Justiça as justificativas para tamanho corte.

Sai adutora – Além das duas barragens de contenção de enchentes da Mata Sul, a presidente Dilma deve anunciar, também, no Agreste, assinatura de um convênio, no valor de R$ 1 bilhão, para a construção da adutora do Agreste. Hoje, no início da tarde, tem coletiva no Palácio para tratar da visita presidencial.



CURTAS –

PRÊMIO – O grande expediente da próxima quinta-feira, às 10 horas, será destinado à entrega do Dom a Paz e Herbert de Souza da Cidadania a diversas personalidades do Estado, numa iniciativa do Comitê de Ação da Cidadania, presidido por Anselmo Monteiro.

LUZ DA LEI – Da promotora Andréa Nunes, que requereu cópia ao TCE do processo envolvendo a Fundarpe em desvios de recursos para shows fantasmas: “Vamos trabalhar no caso com prioridade para enquadrar os fatos à luz da Lei de Improbidade”.

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