Os jovens da Organização Pernambucana Contra a Corrupção (Opecc) voltam às ruas do Recife no feriado da Proclamação da República com ganas de expandir a Ficha Limpa pelo Estado. O grupo quer que a prefeitura da capital pernambucana também exija currículo sem máculas dos integrantes do primeiro e segundo escalões. Para isso, vai fazer circular abaixo-assinado no protesto marcado para as 14h de terça-feira (15), na Pracinha de Boa Viagem, Zona Sul da cidade.
A ideia dos manifestantes é convencer a Câmara do Recife a elaborar projeto de lei que impeça pessoas condenadas por órgãos colegiados de assumir cargos de confiança do município. Seguem exemplo da Lei Estadual de n° 1776/2010, sancionada pelo governador Eduardo Campos em dezembro do ano passado. Mas as reivindicações não param por aí. A Opecc quer que a lei estadual se torne mais dura, estendendo-se a todos os cargos comissionados.
“Vamos fazer uma grande coleta de assinaturas, que serão levadas aos vereadores. Se não conseguirmos que nenhum assuma a causa, tentaremos entrar com um projeto de iniciativa popular”, planeja o auxiliar jurídico Pedro Freire, um dos membros ativos da organização. Se o projeto vingar no Recife, a Opecc tenciona contagiar outros municípios.
Espera-se conseguir a adesão de pelo menos 1.000 pessoas, público estimado para a manifestação na Pracinha de Boa Viagem. É mais que o dobro do registrado em 12 de outubro, quando cerca de 400 pessoas caminharam com cartazes até o Edifício Acaiaca. O grupo articula-se nas redes sociais, como Facebook, e mantém um blog – http://opecc.blogspot.com – no qual divulga suas ações e a de outros manifestos ativos no Brasil. Aliás, o protesto de terça-feira acontecerá simultaneamente em outras 32 cidades.
A frustração com o adiamento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa dará o tom das manifestações. Na última quarta (9), o ministro Joaquim Barbosa pediu vista e anunciou que só retoma o caso quando a corte estiver completa, uma vez que a ministra Ellen Gracie aposentou-se e ainda não se definiu o novo ocupante da cadeira.
Pressão popular se faz necessária nesse momento, defende o funcionário público Michel Domingues, da Opecc. “Estamos confiantes de que a Ficha Limpa vai passar pelo STF. Ao contrário do que muitos possam pensar, os políticos se preocupam sim com a opinião pública”, acredita o rapaz, que crê numa adesão cada vez maior da sociedade à causa.
Outras demandas dos manifestantes de Pernambuco são o voto aberto no Parlamento e a classificação da corrupção como crime hediondo. E a Opecc já está conseguindo disseminar suas ideias para além dos atos públicos, sem abrir mão do caráter apartidário. Integrantes da organização participaram de debates com a Controladoria Geral da União e a Secretaria Especial da Controladoria Geral do Estado, além de ir a universidades convidar mais gente para atuar no movimento.
“As pessoas estão discutindo com qualidade. Acho que essas ações fortalecem a democracia e resultam na quebra do paradigma de que o brasileiro é omisso em relação à política. Estamos mais confiantes que a participação será permanente. O protesto é só uma ação. O debate em família, entre amigos, é fundamental para estimular o controle social”, ressalta o contador Karlos Bungenstab, um dos pioneiros da Opecc.
A ideia dos manifestantes é convencer a Câmara do Recife a elaborar projeto de lei que impeça pessoas condenadas por órgãos colegiados de assumir cargos de confiança do município. Seguem exemplo da Lei Estadual de n° 1776/2010, sancionada pelo governador Eduardo Campos em dezembro do ano passado. Mas as reivindicações não param por aí. A Opecc quer que a lei estadual se torne mais dura, estendendo-se a todos os cargos comissionados.
“Vamos fazer uma grande coleta de assinaturas, que serão levadas aos vereadores. Se não conseguirmos que nenhum assuma a causa, tentaremos entrar com um projeto de iniciativa popular”, planeja o auxiliar jurídico Pedro Freire, um dos membros ativos da organização. Se o projeto vingar no Recife, a Opecc tenciona contagiar outros municípios.
Espera-se conseguir a adesão de pelo menos 1.000 pessoas, público estimado para a manifestação na Pracinha de Boa Viagem. É mais que o dobro do registrado em 12 de outubro, quando cerca de 400 pessoas caminharam com cartazes até o Edifício Acaiaca. O grupo articula-se nas redes sociais, como Facebook, e mantém um blog – http://opecc.blogspot.com – no qual divulga suas ações e a de outros manifestos ativos no Brasil. Aliás, o protesto de terça-feira acontecerá simultaneamente em outras 32 cidades.
Pressão popular se faz necessária nesse momento, defende o funcionário público Michel Domingues, da Opecc. “Estamos confiantes de que a Ficha Limpa vai passar pelo STF. Ao contrário do que muitos possam pensar, os políticos se preocupam sim com a opinião pública”, acredita o rapaz, que crê numa adesão cada vez maior da sociedade à causa.
Outras demandas dos manifestantes de Pernambuco são o voto aberto no Parlamento e a classificação da corrupção como crime hediondo. E a Opecc já está conseguindo disseminar suas ideias para além dos atos públicos, sem abrir mão do caráter apartidário. Integrantes da organização participaram de debates com a Controladoria Geral da União e a Secretaria Especial da Controladoria Geral do Estado, além de ir a universidades convidar mais gente para atuar no movimento.
“As pessoas estão discutindo com qualidade. Acho que essas ações fortalecem a democracia e resultam na quebra do paradigma de que o brasileiro é omisso em relação à política. Estamos mais confiantes que a participação será permanente. O protesto é só uma ação. O debate em família, entre amigos, é fundamental para estimular o controle social”, ressalta o contador Karlos Bungenstab, um dos pioneiros da Opecc.
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