terça-feira, 29 de novembro de 2011

Feira do Troca do Cordeiro deveria ter sido regulamentada, não extinta


A Prefeitura do Recife acabou com a Feira do Troca no bairro do Cordeiro. Eu particularmente optaria pela regulamentação daquele evento semanal de forma a coibir o comércio de produtos roubados. Seria uma oportunidade para incentivar e implantar um evento importante e que toda grande cidade deveria ter a exemplo de Belo Horizonte e Brasília.
A “Feira do Troca” pode ser uma oportunidade de ganho, especialmente para as famílias mais pobres, ambulantes, desempregados e pessoas até da classe média que desejam vender ou trocar seus produtos que não desejam mais. Um brexó no pátio da feira. A regulamentação de uma grande feira poderia virar moda e até gerar receitas de taxas e preços públicos para o Município. Padronizar espaços e tendas, agregar eventos culturais, registrar os participantes e vender artesanato etc.
Na forma mais inteligente seria, contrariando os argumentos que motivaram o fim da feira, uma boa oportunidade para pegar os maus participantes e apreender os produtos roubados. Acabar abruptamente a feira somente serviu para transferir os criminosos para outros ilícitos. Infelizmente toda iniciativa para acudir os excluídos neste país é vista prematuramente com preconceito e sob os aplausos das elites e dos pseudointelectuais. Temos exemplos fartos deixados no período do último governo federal.
Tenho um projeto neste sentido elaborado há oito anos para um Município de Minas e que infelizmente não emplacou. Mas posso dispor do mesmo em benefício das famílias de bem que estavam ali não para vender produtos roubados, mas para levar o sustento e amenizar o sofrimento de suas famílias. Rogo à Prefeitura do Recife que tem a frente muitas pessoas de bem para reconsiderar a decisão já consumada e que deixou pais de famílias sofrendo. A dívida social brasileira é nossa. Vamos pagá-la.

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