sábado, 12 de novembro de 2011

Grupos de homicidas são desarticulados pela polícia

A criminalidade nos bairros de San Martin e Torrões, no Recife, deve diminuir nos próximos meses. Isso porque, de acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, a  motivação para a prática de homicídios naquela área é a rivalidade entre quadrilhas suspeitas de tráfico de drogas e armas. Considerado um dos mais procurados daquela região, Gutemberg Mendes de Santana, o Berg, de 27 anos, é apontado como o cabeça de um desses grupos. Já Alexandre Euzébio da Silva, o Careca, de 18 anos, José André Gonçalves da Silva, também chamado de Carrá, de 32 anos, e Deivson José do Nascimento Amorim, de 26 anos, são de quadrilhas adversárias. Os quatro foram presos na última quinta-feira. Eles foram capturados em cumprimento ao mandado de prisão. A Polícia ainda autuou em flagrante Alexandre e José André por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Eles estavam com dois revólveres calibre 38 e cerca de 50 pedras de crack.

Berg estaria no topo da lista dos mais procurados na próxima edição do livro dos alvos prioritários da Secretaria de Defesa Social (SDS), respondendo por cerca de 15 processos,  entre eles, nove por homicídio. Ele foi preso minutos antes de participar do velório do comparsa Jadílson Teles da Silva, conhecido como Buxinho, no Cemitério de Santo Amaro. A vítima foi assassinada no último dia 8 de novembro, na comunidade do Vietnã, bairro dos Torrões. Policiais da 4ª Delegacia de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deram início às investigações a partir das ocorrências que estavam sendo registradas no local e, a morte de Jadílson desencadeou na identificação de outros suspeitos.

Segundo o titular da 4ª Delegacia de Homicídios, Paulo Furtado, a Polícia tem fortes indícios de que Jadílson foi vítima de um crime de vingança. “Já investigávamos Berg há algum tempo. Ele é suspeito de vários homicídios, tráfico, comando do tráfico de San Martin. Quando Buxinho foi morto, sabíamos que Berg estaria no velório porque era o comparsa dele. No momento do crime, Buxinho estava armado e a arma dele foi encontrada com Alexandre e José André”. A prisão de integrantes dessas duas quadrilhas precisou ser feita no mesmo dia porque eles estavam matando um ao outro. “Se a gente tirasse apenas um cabeça de circulação os homicídios iriam continuar acontecendo. Então, desarticulamos duas quadrilhas e temos a certeza que daqui pra frente o número de homicídios sofrerá uma redução”. As investigações apontaram que Deivson financiava a quadrilha rival de Berg no tráfico de entorpecente.

“Ele é considerado um elemento alta periculosidade, matou mais de nove pessoas. A prisão dele, com certeza, irá reduzir a quantidade de homicídios na nossa área”, complementou o titular da Seccional da Várzea, Bruno Chacon. Para o delegado, o importante dessa prisão foi que os policiais conseguiram tirar os dois grupos ao mesmo tempo. “Isso evitou uma matança entre os bandos”.

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