quinta-feira, 26 de maio de 2011

TEPT: Transtorno do Estresse Pós-traumático. Você conhece essa doença?

TEPT: Transtorno do Estresse Pós-traumático. Você conhece essa doença?
Um estudo nos E.U.A feito pelo National Comorbidity Survey (NCS) em 1994, mostrou que cerca de 50% das pessoas daquele país já presenciaram uma situação traumática no decorrer da vida. No Brasil não temos essa informação, mas sabemos que os índices de violência tanto social como doméstica são bastante elevados. Quando pessoas são expostas a uma situação violenta, desenvolvem uma reação de estresse aguda que dura no máximo 30 dias, entretanto, em alguns indivíduos essa reação persiste por meses ou anos, é o chamado “Transtorno de Estresse Pós-traumático” (TEPT). 
TEPT é um conjunto de sintomas físicos e emocionais ligados à ansiedade, que ocorrem após um evento psicologicamente estressante. Atualmente é o quarto transtorno mais comum no mundo. Mas a doença é bem antiga, em 1920 Freud já identificava os sintomas em ex-combatentes de guerra. Na época ele definiu a doença como um “tipo de ruptura da barreira aos estímulos”. Após a Segunda Guerra Mundial a síndrome ressurgiu e passou a ser conhecida como “Neurose de guerra ou traumática”. Este quadro é, agora, visto nos centros urbanos como uma resposta do cidadão comum às agressões que a sociedade moderna o submete.
A identificação do problema não é fácil. Primeiro é necessário que o indivíduo tenha sido exposto a uma situação traumática como testemunhar uma acidente ou morte, sofrer algum tipo de abuso sexual ou uma agressão física, sofrer um acidente com risco de morte, uma ameaça com arma ou um combate(guerra), por exemplo. Não podemos deixar de lado a mídia, já que ela pode ampliar o número de vítimas com a excessiva exposição de imagens violentas.

O diagnóstico pode ser feito através da identificação de alguns sintomas como:
Reviver o trauma através de sonhos e pensamentos;
Evitar persistentemente atividades que lembrem o trauma;
Enorme excitação persistente(Hipervigilância).


O indivíduo tem recordações com muita aflição, incluindo imagens e pensamentos do trauma, sonhos amedrontadores nos quais a pessoa pode agir como se o evento estivesse acontecendo novamente. Um grande sofrimento psicológico se desenvolve quando surgem lembranças. Dificuldade em manter e conciliar o sono, a irritabilidade e surtos de raiva também podem ocorrer. Para se fazer o diagnóstico, é preciso que esses sintomas estejam presentes por, no mínimo, um mês.
Os tratamentos ainda não são plenamente satisfatórios e estão em fase de estudo. Os medicamentos mais utilizados são antidepressivos, ansiolíticos e estabilizadores de humor, assim como uma terapia comportamental. Esta visa romper barreiras, levando o indivíduo a uma habituação dos estímulos. Além disso, procura desenvolver habilidades de relaxamento, capacitando o paciente a controlar suas respostas emocionais e fisiológicas. O aumento da rede de apoio social também é de suma importância, pois aumenta as medidas de proteção e suporte, diminuindo o sentimento de desamparo.

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