terça-feira, 31 de maio de 2011

PATRIMÔNIO DA DESORDEM



Bodegas, bares, botequins e a ausência da Prefeitura contribuem para o caos
Vale a pena refletir sobre o comentário que a jornalista Cláudia Parente faz hoje no Jornal do Commercio (Coluna JC nas Ruas – Cidades) sobre o caos (mais um) nas ruas de Olinda; mais especificamente na Rua do Amparo. Onde vamos parar???
PATRIMÔNIO DA DESORDEM
Descontrole urbano não é exclusividade do Recife. Em Olinda, moradores dizem que a Rua do Amparo, no sítio histórico, virou um território sem lei. Bares e bodegas – muitos sem licença para funcionar – ocupam o espaço público e interrompem o trânsito com a realização de shows no meio da rua. Para completar, a clientela igualmente mal-educada não se importa de estacionar o carro na calçada.
O desregramento na área é tão grande que clientes nem sequer ficam inibidos de urinar na rua, sobre o patrimônio. A prática já rendeu até a frase grafitada em um muro “Olinda, Mictório da Humanidade”. Na semana passada, o frequentador de um bar calculou que a bagunça não era suficiente e resolveu estacionar na contramão, obstruindo a garagem de um estacionamento por trás da Igreja do Amparo. A Secretaria de Transporte e Trânsito de Olinda foi acionada, mas não tinha sequer reboque para retirar o carro. O motorista, visivelmente embriagado, não fez o teste do bafômetro, pois os guardas não dispunham do equipamento
Situações como essa são uma porta aberta para o crime. Seja porque o excesso de álcool gera discussões ou simplesmente porque a desordem e a ausência de autoridade passa a impressão de que, naquela área, tudo é permitido. Inclusive matar e roubar.

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