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Na face mais cruel, a fita exibe cenas batidas de uma realidade que revela pobreza, desrespeito ao meio ambiente, falta de conhecimento e, principalmente, pouca eficiência do poder público na prevenção e resolução de problemas decorrentes do excesso de precipitação pluviométrica.
Mas esse filme é velho. Antigo. Trata-se de uma reedição dolorosa e apavorante do que foi visto há menos de um ano na Mata Sul, a poucos quilômetros do Recife.
Por que em tão pouco tempo a situação de repete? Por que as famílias que perderam tudo no ano passado – inclusive parentes levados pela enxurrada - enfrentam novamente o mesmo sofrimento?
É falta de agilidade dos governos (federal, estadual e municipais)? É. É resultado de ocupação indevida de margens de rios agravada pela resposta do planeta pelo mau uso de recursos naturais? É também.
Até quando as catástrofes do gênero serão encaradas como algo corriqueiro? Até quando o poder público continuará correndo atrás do prejuízo das consequências em vez de combater as causas?
São conflitos que permanecem sem solução no filme. São perguntas não respondidas aos espectadores.

Todavia, a miséria - econômica, educacional e de gestão pública - seguirá em cartaz na Região Metropolitana e na Mata Sul.
Isso tudo perto, muito perto, do Porto de Suape, o símbolo do crescimento econômico “chinês” vivido pelo estado.
Infelizmente, a realidade da estagnação evidenciada (mais uma vez) pelas chuvas é bem brasileira. Bem pernambucana. Márcio Morais
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