quinta-feira, 28 de junho de 2012


Capitalismo destrói o futebol arte

O futebol capitalista é um futebol individualista, deixa de ser coletivo e dá lugar ao espírito mesquinho do ''ser melhor''

Jogadores de hoje dão mais importância ao dinheiro e à fama / Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Jogadores de hoje dão mais importância ao dinheiro e à fama


Sobre a nossa seleção de futebol Já há algum tempo vemos que o futebol apresentado pela nossa seleção não é aquele que esperamos: mágico, belo, que nos prende e nos deixa na certeza de títulos. Os títulos não vêm, a seleção demonstra incompetência, e o prazer de jogar com a “amarelinha” não se faz notar naqueles que atuam com ela. Talvez o futebol, como quase tudo que hoje existe, tenha se tornado capitalista.

Não gostaria de enxergar desta forma, e espero até que me mostrem que estou enganado. Acredito que o problema da nossa seleção está em individualizar o que é, naturalmente, coletivo. O futebol é um esporte de equipe, não uma vitrine televisiva onde o que fizer mais bonito, ou o que se destacar diante dos outros vai conseguir um contrato melhor, vai tornar-se milionário mais depressa.

A carência de craques no futebol nacional atuando em nosso campeonato nacional nos permite enxergar que a Europa, terra do futebol brigador - diferente do nosso continente, onde a arte predomina – é o melhor caminho a buscar e alcançar, já que paga muito mais e é mais “badalado”.

O futebol capitalista é um futebol individualista, deixa de ser coletivo e dá lugar ao espírito mesquinho do “ser melhor”. Não se faz mais arte se não for por um contrato milionário. É uma pena, pois a arte do futebol, o amor à camisa, o sofrimento do gol chorado, a esperança da vitória, são o que levam os torcedores ao campo.

O futebol existe para os expectadores, e não para os empresários e presidentes de federação. A seleção existe para a torcida. E sem o grito, sem os aplausos, sem o décimo segundo jogador, o futebol perde sua alma. O problema da nossa seleção são os contratos milionários, os patrocinadores e os cartolas que procuram cada vez mais acumular riquezas.

O problema da nossa seleção está em os jogadores ficarem de olho na Europa, de olho na fama, no dinheiro, e esquecer o amor à “camisa canarinha”. O orgulho nacional está na seleção de futebol. Que o saibam os nossos craques que muito da alegria do nosso País está em seus pés. Ou seria em seus corações?

Nenhum comentário: