quinta-feira, 26 de maio de 2011

Reciclagem

Os benefícios da reciclagem
Cerca de duzentos e cinquenta  mil toneladas de lixo são produzidas no BRASIL todos os dias e mais da metade é domiciliar.

O despejo de lixo nos aterros é apenas intercalado com camadas de terra, o que pode gerar desastres ambientais, pois diversas normas devem ser cumpridas para que o funcionamento dos “lixões” não agrida a natureza. Outras formas utilizadas são os incineradores, indicados sobretudo para materiais de alto risco, podendo ser utilizados para a queima de outros resíduos, reduzindo seu volume. As cinzas ocupam menos espaço nos aterros e reduz-se o risco de poluição do solo, entretanto, podem liberar gases nocivos à saúde. Porém, o seu alto custo os torna inacessíveis para a maioria dos municípios. Temos ainda as usinas de compostagem, que transformam os resíduos orgânicos presentes no lixo em adubo, reduzindo o volume destinado aos aterros. É difícil cobrir o alto custo do processo com a receita auferida pela venda do produto. Além disso, não se resolve o problema de destinação dos resíduos inorgânicos, cuja possibilidade de depuração natural é menor.

Por isso a reciclagem se tornou uma ação importante na vida moderna. Com as tecnologias atuais, felizmente, a maior parte dos materiais podem ser destinados ao reaproveitamento. A coleta seletiva tem como objetivo a separação dos resíduos urbanos com o intuito de tornar mais fácil e eficiente a sua recuperação. Assim pretende-se resolver os problemas de acumulação de lixo nos centros urbanos, e reintegrá-los ao ciclo industrial, como matéria prima, o que trás vantagens ambientais e econômicas. Contudo, o maior obstáculo para que os moradores separem o seu lixo, na maioria das vezes, é a falta de informação da população, que não sabe como funciona esse sistema de reciclagem.

A coleta seletiva é um sistema de recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora. Estes materiais são vendidos às indústrias recicladoras ou aos sucateiros. O sucesso da coleta seletiva está diretamente associado aos investimentos feitos para sensibilização e conscientização da população. Normalmente, quanto maior a participação voluntária em programas de coleta seletiva, menor é seu custo de administração. Não se pode esquecer também a existência do mercado para os recicláveis.

E quais materiais você deve separar? No caso dos vidros, garrafas e frascos em geral, potes e copos. Além disso, todo tipo de papel, papelão, jornais, revistas, cadernos, sacos de papel e embalagens de forma geral. Entre os metais, deve-se separar latas em geral, peças de alumínio, cobre, fios e pequenas sucatas. Já os materias plásticos incluídos na coleta seletiva são garrafas, frascos, brinquedos, sacolas, potes e tampas. Lembrando que todos os materias devem estar secos.

O acondicionamento dos materiais recicláveis deve ser feito em sacos plásticos transparentes para facilitar a visualização, tanto dos empregados dos edifícios, como dos gariis e os próprios catadores, que não precisam rasgar os sacos para ver o que há dentro.

Em seguida, procure o programa organizado de coleta de seu município ou uma instituição, entidade assistencial ou catador que colete o material separadamente. Se possível solicite ao síndico do seu edifício ou até mesmo para a sua casa os recipientes coloridos especiais para separar o lixo reciclável do orgânico. As cores dos contêineres apropriados para a coleta seletiva de lixo são:

• Azul: papel e papelão
• Amarelo: metais
• Vermelho: plásticos
• Verde: vidros
• Preta: madeiras

Até hoje não se sabe onde e com que critério foi criado o padrão de cores dos contêineres utilizados para a coleta seletiva voluntária em todo o mundo. No entanto, alguns países já reconhecem esse padrão como um parâmetro oficial a ser seguido por qualquer modelo de gestão de programas de coleta seletiva.

EXEMPLOS NO BRASIL E NO MUNDO:
No município do Rio de Janeiro, a coleta seletiva da Comlurb começou em 2001 e hoje cobre 42 bairros, mas a adesão ainda não chega a 10% das casas e prédios atendidos. Através do site da entidade, você pode se nformar sobre os dias e horários em que a empresa passa no seu bairro. Para quem não mora nesses bairros do trajeto da Comlurb, uma alternativa é procurar cooperativas ou catadores autônomos para que os resíduos sejam reaproveitados. Uma boa fonte de pesquisa de cooperativas é o site do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE), indicado pela própria Comlurb.

Em Niterói, a iniciativa partiu dos moradores de um bairro, em 1985, que contaram com o apoio da Universidade Federal Fluminense e de uma entidade do governo alemão. A prefeitura apenas cedeu um técnico, temporariamente, e fez a terraplanagem do terreno. Os moradores administram o serviço, investindo o lucro em atividades comunitárias.

Já em Curitiba, Paraná, criou-se, em 1989, o projeto "Lixo Que Não É Lixo", iniciado com um trabalho de educação ambiental nas escolas. Em seguida, foi distribuída uma cartilha à população e iniciada a coleta domiciliar e em supermercados, onde os resíduos recicláveis são trocados por vales-compra. A prefeitura assume o custo de coleta e o material recolhido é doado a uma entidade assistencial, que o processa e comercializa, destinando o lucro para suas atividades assistenciais. A coleta seletiva criou condições técnicas para a implantação de uma usina de compostagem na cidade, pois boa parte do material inorgânico (metais, vidros, etc.) já é separado, reduzindo os custos de operação da usina.

A instalação da usina de reciclagem de Vitória-ES, Brasil, em 1990, em um antigo "lixão", evitou enormes prejuízos ambientais e reuniu trabalhadores que viviam em condições sub-humanas, explorados pelas "máfias do lixo", controladas por aparistas e sucateiros, dando-lhes melhores condições de trabalho e remuneração.

Nos países desenvolvidos como França e Alemanha, a iniciativa privada é encarregada do lixo. Fabricantes de embalagens são considerados responsáveis pelo destino dos detritos e o consumidor também tem que fazer a sua parte. Quando uma pessoa vai comprar uma pilha nova, por exemplo, é preciso entregar a pilha usada.

PRESTE ATENÇÃO:
• Cada 50 quilos de papel usado transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada.
• Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita. Uma lata de alumínio leva de 80 a 100 anos para decompor-se.
• Com um quilo de vidro quebrado faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes. Em compensação, quando não é reciclado, o vidro pode demorar 1 milhão de anos para decompor-se.
• A reciclagem favorece a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo dificilmente o joga nas vias públicas.
• A reciclagem gera renda pela comercialização do material a ser reciclado.

A produção de lixo vem aumentando assustadoramente em todo o planeta. Visando uma melhoria da qualidade de vida atual e para que haja condições ambientais favoráveis à vida das futuras gerações, faz-se necessário o desenvolvimento de uma consciência ambientalista. A reciclagem de materiais é muito importante, tanto para diminuir o acúmulo de dejetos, quanto para poupar a natureza da extração inesgotável de recursos. Além disso, reciclar poupa o meio ambiente.

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