segunda-feira, 16 de maio de 2011

Oposição quer investigação de aumento de patrimônio de Palocci

Parlamentares da oposição querem investigar o crescimento do patrimônio pessoal do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, segundo o jornal Folha de S.Paulo. O PPS quer acionar o Conselho de Ética da Câmara para investigar as acusações, publicadas na edição de domingo (15) do jornal, de que a riqueza de Palocci aumentou 20 vezes desde 2006. O deputado Roberto Freire, presidente do partido, comentou a notícia. "Muito me estranha esses enriquecimentos tão rápidos".

O principal partido da oposição, o PSDB, também quer que Palocci explique a fonte dos recursos.Já o líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA), afirmou que apresentará nesta terça-feira (17) um requerimento para que Palocci seja convocado a dar explicações sobre o aumento de seu patrimônio na Comissão de Fiscalização e Controle da Casa.

"Não queremos fazer qualquer pré-julgamento, mas Palocci deve explicações. O ministro precisa justificar sua evolução patrimonial, não apenas divulgar uma nota que nada esclarece. Muitos petistas tiveram enriquecimento evidente, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente Lula dando palestras milionárias. O governo não pode ser ponte para negócios", afirmou, em nota divulgada pela assessoria do partido.

Palocci é visto pelo mercado financeiro como um grande defensor da estabilidade fiscal e das políticas econômicas ortodoxas dentro do governo da presidente Dilma Rousseff. A posição de Palocci como ministro da Casa Civil e sua relação próxima com Dilma o transformaram, talvez, no segundo político mais poderosos do Brasil.

A matéria não acusou Palocci diretamente de corrupção, mas forneceu amplos detalhes sobre o rápido crescimento de sua riqueza durante seu mandato na Câmara dos Deputados.

Semanas antes de assumir o cargo no governo Dilma, Palocci comprou, segundo o jornal, um apartamento em São Paulo por R$ 6,6 milhões.

Em comunicado no domingo após a publicação da reportagem da Folha, Palocci defendeu suas declarações anteriores de patrimônio líquido e disse que sua empresa arrecadou lucros legítimos graças ao trabalho de consultoria econômica.Márcio Morais

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