A notícia de que música virou disciplina e integrará a grade curricular das escolas brasileiras a partir de agosto surge como uma canção boa aos ouvidos.Ainda que obrigatório, o ensino de teoria musical, canto e instrumentos, é algo louvável. Além de espantar os males de quem canta, música estimula a sociabilidade, o raciocínio, a criatividade, e, por consequência, o aprendizado.
Está diretamente relacionada a matemática (rimas, métrica, compassos) e a história. No caso específico do Brasil, país farto em sons e cadências, com genes indígenas e africanos, não há como dissociar a música de episódios históricos.
A Bossa Nova, por exemplo, era a trilha sonora da política desenvolvimentista de Juscelino Kubstichek. Impossível ouvir Alegria, Alegria (Caetano Veloso) e Prá Não Dizer que Não Falei das Flores (Geraldo Vandré) e não associar acordes e versos à resistência ao regime militar. Márcio Morais
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