terça-feira, 20 de setembro de 2011

COLUNA POLITICA



          Eleição para ratificar liderança
Reunido com a bancada federal na casa do ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração), o governador Eduardo Campos (PSB) definiu, ontem, o dia D da eleição amanhã na Câmara, na qual a sua mãe Ana Arraes disputa a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União com mais seis adversários, entre eles Aldo Rebelo (PCdoB).
A ordem foi para os parlamentares aliados darem tudo de si pela vitória da socialista. Na prática, os 23 deputados – são 25, mas Raul Henry (PMDB) vota com Átila Lins e Luciana Santos (PCdoB) com Rebelo – desembarcam, hoje, em Brasília, dispostos a reverter votos de Rebelo e Lins. Mais do que isso, receberam orientação para atrair o apoio do PT e parte do PMDB, partidos que têm as maiores bancadas na Casa.
Eduardo encara a eleição do TCU como algo imprescindível para a consolidação da sua liderança em ascensão no plano nacional. Nos últimos quatro meses que antecederam o pleito procurou, primeiro, a mão protetora do ex-presidente Lula e, fora da base aliada no Congresso, se abraçou até com lideranças de peso, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que goza de forte influência na bancada tucana, o próprio presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e o prefeito de São Paulo, Geraldo Kassab, líder do recém criado PSD.
A garimpagem garantiu até ontem cerca de 150 votos para a mãe, segundo o deputado Wolney Queiroz (PDT). Resta saber se são realmente votos fechados ou só indicativos. Afinal, a Câmara tem um largo histórico de traição e há muita gente enciumada com o excesso de poder do governador.
RESULTADO SAI RÁPIDO - A eleição para escolha do ministro do TCU que substituirá o cearense Ubiratan Aguiar está prevista para ocorrer amanhã, pela manhã. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), convocou sessão para as 10 da manhã. Cada um dos sete candidatos terá direito a 15 minutos para discursar da tribuna. Após as falas, inicia-se o processo de votação, que será eletrônico, embora o voto seja secreto. Se tudo correr sem atrasos, o resultado será conhecido antes do meio dia.
Corrupção em Gravatá - Afastado do poder há mais de três anos, ex-prefeito de Gravatá, Joaquim Neto (PSDB), deixou um rastro de falcatruas em sua gestão que continuam sendo desvendados pelo MP. O blog foi informado, ontem, que o tucano desviou mais de R$ 200 mil da previdência dos servidores para construção de uma escola que nunca saiu do papel.




Coronel de olhos claros - Trecho do articulista Melchiades Fillho, da Folha de São Paulo, ontem: “Mas o lobby de Campos, de tão escancarado, humilha a Câmara - e diminui a mãe, uma advogada qualificada. Aos poucos, surge outra face do pernambucano, antes conhecida apenas pelos poucos que haviam ousado desafiá-lo dentro do PSB, como os irmãos Ciro e Cid Gomes. Será ainda cedo para falar em um novo coronel de olhos claros?”
Infecção hospitalar - Infecções hospitalares no Brasil provocam cem mil mortes por ano. Em Pernambuco, a Secretaria de Saúde registra 146 casos provocados pela bactéria Klebsiella pneumoniae (KPC) entre outubro de 2010 e julho de 2011, período em que foram registradas 41 mortes possivelmente relacionadas ao micro-organismo. Segundo o jornal o Globo, falta higiene nos hospitais do Estado.
O vice de João - O deputado João Paulo caminha para o Partido Verde e o nome mais cotado para vice na sua chapa como candidato a prefeito é o vereador Antônio Luiz Neto, do PTB. Se Neto não topar, o PTB indica o deputado Sílvio Costa Filho. Ambos são ligados ao senador Armando Monteiro Neto, que tem conversado muito com o ex-prefeito nos últimos dias.




CURTAS
FRENTE– Em Serra Talhada, na filiação do ex-prefeito Geni Pereira ao PSB, sábado passado na Câmara de Vereadores, quem roubou a cena foi o deputado Sebastião Oliveira, que tende a criar uma frente de oposição a Luciano Duque, candidato do prefeito Carlos Evandro.
DOAÇÃO– De 24 a 30 deste mês, Pernambuco vai sediar a Semana de Incentivo à Doação de Órgãos, em conjunto com a Campanha Nacional, através da Central de Transplantes  e entidades não-governamentais. O projeto que originou a Lei foi iniciativa do deputado Carlos Santana (PSDB).
PERGUNTAR NÃO OFENDE–  Depois de defenestrado do Governo, o deputado Eduardo da Fonte ainda vota mesmo na deputada Ana Arraes?

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