sexta-feira, 30 de setembro de 2011

COLUNA POLITICA



         Igual a Sarney
Em política, qualquer tropeço pode ser fatal. Cadoca estava eleito prefeito do Recife em 2004,  veio a mancada de Brasília Teimosa e perdeu a eleição. Humberto Costa já era apontado como o futuro governador de Pernambuco em 2006. Foi indiciado pela operação vampiro e seu projeto veio abaixo como um castelo de areia. Reeleito, o governador Eduardo Campos não está em campanha. Seu mandato só acaba em 2014.
Mas, vive em peregrinação pelo País como pré-candidato a presidente da República. Sonha acordado num voo nacional. Até então dar uma demonstração cabal de poder, elegendo a mãe ministra do Tribunal de Contas da União, o governador parecia firmar no cenário nacional uma imagem sólida de bom gestor e político moderno, uma proposta renovadora.
Não imaginava, porém, que exibir força seria cometer um erro que arranhou a popularidade e pode comprometer o seu futuro. O jovem governador está sendo apontado pela mídia nacional como um político moderno, mas de práticas antigas, coronolescas.
Em editorial, ontem, o jornal o Estado de São Paulo, um dos mais importantes do País, assim o definiu: ”Contrastando com o fortalecimento do caráter republicano da instituição, a operação filial desencadeada por Eduardo Campos - que chegou a se instalar com armas e bagagens em Brasília - foi uma exibição de coronelismo à moda antiga, cultive ele quanto queira o perfil de gestor moderno e político de novos costumes”.
Maurílio Ferreira Lima tem razão: a eleição da mãe fez de Eduardo o novo “Sarney do Nordeste”.
RECUOU – O deputado João Paulo já havia comunicado às principais lideranas do PT em Pernambuco que estaria deixando o partido até o próximo dia 7, quando vence o prazo de troca de partido. Mas, depois da audiência ontem com o poder, deu um triste recuo. O ex-prefeito é inseguro, confuso e se rendeu fácil a pressão do PT, mesmo não tendo conversado com o ex-presidente Lula. Na verdade, quanto mais João medita mais se atrapalha.
Não ao nepotismo - Em Limoeiro, o prefeito Ricardo Teobaldo (PSDB) talvez seja uma das raras exceções no Estado que não deu guarida ao nepotismo. Na sua equipe não há um só parente. Nem a mulher assumiu a área social, entregue a um padre. Um bom exemplo que deveria ser copiado por gente que adora fazer do erário cabide de emprego para a parentalha.


Festa e posse indefinidos - A data da posse da ministra eleita para o TCU, Ana Arraes, ainda está em aberto, assim como o festão da comemoração. A princípio, o PSB havia reservado o bufê da Arcádia de Apipucos para o evento festivo no dia 6. Mas, como o governador Eduardo Campos tem compromisso agendado no exterior, a seu pedido, os organizadores acharam melhor aguardar sua volta.
João pessedista - Decidido a enfrentar o grupo Mendonça em Belo Jardim, o ex-prefeito João Mendonça, primo do deputado Mendonça Filho, deve ingressar no PSD e não no PSB para disputar as eleições. Com isso, Belo Jardim terá, certamente, um clássico, com chances do ex-prefeito Cintra Galvão apoiar João. O candidato dos Mendonça deve ser Fana, viúva de Mendonção, ou a filha Andréia.
Chapa branca - Ao fazer a travessia do PPS para o PSD, o vereador Maré Malta se exclui, assim, automaticamente, da bancada de oposição ao prefeito João da Costa (PT) no Recife. Porque, na prática, não poderá bater de frente com o comando da nova legenda, que se aliará à reeleição de João. Maré vinha se revelando no bloco oposicionista.

CURTAS -
SUBLEGENDA DO PSB – Em Paulista, o secretário Antônio Camaroti queria se filiar ao PSD, para disputar a Prefeitura, mas a nova legenda, atrelada ao Palácio das Princesas, já está comprometida com a candidatura de Júnior Matuto, do PSB.
SEM LEGENDA – O deputado Paulo Rubem já foi avisado pelo comando do seu partido, o PDT, que não terá a legenda para disputar a Prefeitura do Recife. “Já estamos fechados com a reeleição do prefeito João da Costa”, diz o presidente José Queiroz.
PERGUNTAR NÃO OFENDE – No PT, João Paulo apoiará a reeleição do prefeito João da Costa?

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