terça-feira, 31 de maio de 2011

PROBLEMAS EM TODA PARTE



Artistas que se consideram excluídos protestaram contra a Prefeitura
As ladeiras do sítio histórico de Olinda não chegaram a receber grande fluxo de pessoas no primeiro final de semana do Olinda Arte em Toda Parte. A cidade nem de longe pareceu a mesma que serviu de casa para a Fliporto no mês passado, com movimentação intensa de público e maior envolvimento dos próprios moradores. Alguns ateliês estavam fechados e foi só à noite que aumentou o movimento na Cidade Alta.
Alguns atribuíram o pequeno número de visitantes a razões como a falta de divulgação, o adiamento do evento e até o costume de muitos deixarem para marcar presença na última hora. A expectativa é por um público mais intenso no próximo final de semana, a última chance de conferir os mais de 70 ateliês que integram o evento.
Em sua décima edição, o Olinda Arte em Toda Parte trouxe novidades interessantes como a exposição comemorativa em homenagem às gerações de pais e filhos artistas olindenses, descentralizada em três espaços da Cidade Alta. A parte da mostra Os fundadores, que se instalou no salão da Prefeitura de Olinda, foi a mais prestigiada.
Com curadoria de Raul Córdula, 16 obras de artistas como Maria Carmen, Samico, Tereza Costa Rêgo e Iza do Amparo serviram de cartão de visitas para a produção artística da cidade, onde cada esquina parece servir de inspiração para mais uma nova obra. A mostra Os herdeiros, dividida entre o Mercado da Ribeira e o Ateliê Coletivo de Olinda, completava a exposição comemorativa, reunindo trabalhos de quem segue as escolhas dos pais, entre eles Brahma, filho de Zé do Som, e Juliana Notari, filha de João Roberto Peixe.
Oficinas artísticas também foram novidade. As árvores da Praça do Carmo ganharam um colorido especial com a intervenção proposta pelo artista plástico Joelson, que ofertou às crianças pinceis, tintas e papel craft.
PROTESTO
Cartazes de divulgação do Olinda Arte em Toda Parte de cabeça para baixos e riscados com tinta preta podiam ser avistados em alguns ateliês. De acordo com Henry C. Melo, representante do ateliê coletivo que leva seu nome, o protesto foi por conta da ausência de alguns artistas olindenses nos catálogos deste ano. Mesmo se inscrevendo no evento, eles não foram prestigiados, sem receber nenhuma justificativa, segundo Henry.

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