PATRIMÔNIO DA DESORDEM
Descontrole urbano não é exclusividade do Recife. Em Olinda, moradores dizem que a Rua do Amparo, no sítio histórico, virou um território sem lei. Bares e bodegas – muitos sem licença para funcionar – ocupam o espaço público e interrompem o trânsito com a realização de shows no meio da rua. Para completar, a clientela igualmente mal-educada não se importa de estacionar o carro na calçada.
Descontrole urbano não é exclusividade do Recife. Em Olinda, moradores dizem que a Rua do Amparo, no sítio histórico, virou um território sem lei. Bares e bodegas – muitos sem licença para funcionar – ocupam o espaço público e interrompem o trânsito com a realização de shows no meio da rua. Para completar, a clientela igualmente mal-educada não se importa de estacionar o carro na calçada.
O desregramento na área é tão grande que clientes nem sequer ficam inibidos de urinar na rua, sobre o patrimônio. A prática já rendeu até a frase grafitada em um muro “Olinda, Mictório da Humanidade”. Na semana passada, o frequentador de um bar calculou que a bagunça não era suficiente e resolveu estacionar na contramão, obstruindo a garagem de um estacionamento por trás da Igreja do Amparo. A Secretaria de Transporte e Trânsito de Olinda foi acionada, mas não tinha sequer reboque para retirar o carro. O motorista, visivelmente embriagado, não fez o teste do bafômetro, pois os guardas não dispunham do equipamento
Situações como essa são uma porta aberta para o crime. Seja porque o excesso de álcool gera discussões ou simplesmente porque a desordem e a ausência de autoridade passa a impressão de que, naquela área, tudo é permitido. Inclusive matar e roubar.
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