A morte das ideologias partidárias e a manutenção do poder
Atualmente não é só uma contestação, mas um problema de distinção entre direita e esquerda. Então, o problema se desloca: agora, para o caminho obscuro da legitimidade e correção do comportamento do Ente público [político]. O eleitor terá que examinar com uma lupa todo um curriculum vitae daquele político que ele deseja votar. Pois caminhamos para eleger os mais votados pelo conjunto do eleitorado de cada zona ou distrito. Isto futuramente!
Em outras palavras, desde que "direita" e "esquerda" continuam a ser usadas para designar diferenças no pensar e no agir políticos, qual a razão, ou quais as razões, da distinção?
É inquestionável que em seu significado original, antes de se tornar uma metáfora da linguagem política, a dupla direita-esquerda teve uma conotação de valor unívoca, pelo fato de um dos dois termos, direita, sempre ter tido uma conotação positiva, e o outro, esquerda, sempre negativa. Houve também, ao longo dos séculos uma interpretação religiosa do encontro dos pensamentos, na qual os bons se sentam à direita, os maus à esquerda do Pai. Mas isto não vale para a linguagem política, na qual tanto a direita quanto a esquerda podem representar o lado positivo ou negativo. Sendo assim, o mau ou o bom político pode estar em qualquer um dos lados.
Em Paulista
Será que o eleitor da cidade do Paulista, está preocupado em distinguir quem é de direita ou de esquerda? Na eleição de 2008, o povo escolheu aquele que esteve mais próximo das ações populares. Na verdade, os paulistenses quebraram dois paradigmas, o primeiro foi a reeleição do prefeito Yves Ribeiro [PSB], que se valendo do fato de não termos segundo turno, uma vez que ainda não atingimos os 200 mil eleitores, optou em disputar o eleitorado de baixa renda das periferias da cidade, deixando o eleitorado de opinião[a classe média das vilas de COHAB, servidores públicos, comerciantes, professores e outras categorias sociais] que foram disputados pelos candidatos: Speck[PTB] e Sérgio Leite[PT]. Na época com três candidaturas competitivas, o populismo metropolitano exercido por Yves foi decisivo. o segundo paradigma foi o fato do prefeito se reeleger em partidos diferentes, primeiro foi eleito pelo PPS e depois pelo PSB. Isto nos leva a crer, que o povo não faz mesmo a devida distinção entre "direita" e "esquerda", se apegando no perfil individual apresentado pelo político.
Vejamos o quadro:
PSB - que tem o vereador Junior Matuto na condição de candidato a sucessão do prefeito Yves Ribeiro [PSB], tem entorno de si os seguintes partidos: PP, PRB = 03,
PCdoB - que tem o secretario de planejamento Jorge Carrero na condição de candidato a sucessão do prefeito Yves Ribeiro [PSB], tem entorno de si os partidos: = 01,
PT - tem o deputado estadual Sérgio Leite, que tem os partidos: PMDB = 02,
PTB - tem Speck, que tem = 01,
PMN - tem o deputado estadual Ramos, que tem = 01,
PTC - tem Felipe do Veneza, que tem = 01,
PRTB - tem Nena Cabral, que tem =01.
Os demais partidos: PRP, PSL, PTdoB, PTN, PDT, PSOL, PPL e PSDB, devido a fragilidade dos seus quadros proporcionais, seria importante que eles se juntassem em uma coligação para fazerem dois vereadores e em bloco apoiarem um desses candidatos, cujo perfil melhor se aproxima do conjunto desses partidos.
Companheiros e camadas a ordem igualitária sofreu rupturas que são próprias do nosso tempo. A democracia nos traz à descontinuidade, ou seja, é o fim da postura tradicional. É preciso ser inovador, não ter medo do confronto e esquecer a dualidade tipo amigo-inimigo, ou direita e esquerda. A sociedade sempre espera mais do político, ser político é ser vocacionado para o exercício do trabalho em defesa dos interesses coletivos: gênero, minorias, crianças, idosos, meio ambiente, saúde, educação, transporte, habitação, etc.
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