domingo, 9 de outubro de 2011

''Bandidos togados'': que tal discutir os temais mais sérios?




Nessa história de punições a juízes corruptos, e também no caso dos supersalários, há fatos que vêm sendo esquecidos - convenientemente esquecidos.
Há três carreiras semelhantes na área jurídica: delegado, promotor e juiz. Nos três casos, o bacharel faz cursos específicos para a área que pretende e se submete a concurso. A semelhança para aí. Se um delegado é suspeito de crime passível de prisão, vai preso e fica sem salário, ou, em certos casos, com 30%. Se for inocentado, processa o Estado e algum dia, sabe-se quando, recebe os atrasados.
Já promotores e juízes, quando vão presos, recebem salário integral. Estão sujeitos à pena de aposentadoria: passam a ganhar o mesmo salário sem trabalhar, e a isso se chama 'punição'. Um delegado no topo da carreira recebe algo como R$ 9 mil, e quando se aposenta o salário cai para uns R$ 4 mil. Juízes e promotores quando se aposentam recebem salário integral, o teto do serviço público, R$ 26.723 - e alguns conseguem empurrar esse teto lá para cima. Oitenta procuradores da República recebem mais que o teto. Que tal discutir esses temas?

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