domingo, 17 de julho de 2011

A solidão do poder e o perigoso cenário internacional


 O senador Pedro Simon (PMDB-RS) pôs o dedo na ferida: “A presidenta Dilma Rousseff está só. Vive um clima de guerra interna, onde cada um quer resolver a sua parte e cada um quer tirar vantagem o quanto pode. São brigas e picuinhas por meia dúzia de cargos, meia dúzia de favores e não se tem uma preocupação com o sentido da linha do governo”, criticou. O político gaúcho aparteava o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), na sexta-feira, perante um plenário quase vazio. Por causa do recesso, a maioria dos senadores já havia partido de Brasília, mas Simon registrou sua preocupação com um cenário que considera perigoso. Segundo ele, o governo tenta sair de uma crise na área política e administrativa, enquanto os Estados Unidos e a Europa enfrentam uma grave crise econômica e financeira. Uma agravamento da crise internacional pode pegar o país desarticulado para enfrentar o problema.
“Não vejo em nenhum partido, nem no Governo, nem na oposição, nem na imprensa, nem em lugar nenhum a preocupação com o tempo que estamos vivendo”, disparou Simon. Esse diagnóstico não é isolado. Alguns líderes da base pensam de igual maneira, mas o fazem de forma velada.

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