Os fuxicos da "Donzela" de José Nivaldo fazem sucesso

O publicitário José Nivaldo Júnior deu uma demonstração, ontem, ao lado do pai José Nivaldo, do seu prestígio com o super lançamento do seu livro Atestado da donzela 2, continuidade e homenagem ao primeiro romance do pai. Os jardins da Academia Pernambucana de Letra ficaram lotados de políticos, empresários, profissionais liberais, enfim, muita gente dos mais diversos segmentos da sociedade. Nivaldo, que trouxe o pai de Surubim, começou a autografar por volta das sete da noite e a fila se estendeu até às 23 horas.  A publicação é uma continuação da história escrita pelo pai em 1967. “Este livro chega dez anos após o fim da primeira edição. É um desdobramento de Amor, Fuxico e Emancipação, com os personagens antigos contextualizados no tempo e no espaço e novos que foram surgindo”, explicou José Nivaldo Júnior. O romance pode ser considerado regional, pois se passa em um distrito de Limoeiro, no agreste de Pernambuco, mas vai dialogar com os fatos estaduais e nacionais, como o governo Getúlio Vargas e as relações entre Brasil e Estados Unidos. Como disse o presidente da Academia Brasileira de Letras, Marcus Vinicios Vilaça, na apresentação da obra, o que mais impressiona é a fidelidade à paisagem e ao linguajar do meio em que o enredo se desenrola. Para José Nivaldo, a publicação foi aprovada mas houve alguns excessos que o filho poderia ter evitado. “O romance é bom, bem movimentado mas tem alguns deslizes, como algumas cenas descritas cruamente sem necessidade”, disse.   O filho afirmou que o pai não curte os momentos de humor escrachado e de “safadeza” da história. José Nivaldo Junior tem, como sua obra mais importante, “Maquiavel e o Poder - História e Marketing”, lançado em 1999, pela Editora Martin Claret, quando era professor da Universidade Federal de Pernambuco.   O cerimonial da festa foi impecável e o serviço ainda melhor. Quem passou ali para prestigiar José Nivaldo pai e filho pode provar de iguarias regionais, como arrumadinho, carne de sol e também comidas da época, como canjica, pamonha, milho assado e cozido, além de uma boa tapioca. E a animada banda também era regional, claro, com um forrozinho.