
As obras de revitalização do Alto da Sé serão oficialmente entregues à população nos próximos dias. Mas os moradores que vivem no entorno de um dos pontos turísticos mais visitados do Estado afirmam que têm pouco o que comemorar. Basta descer alguns degraus e a paisagem sair da vista dos turistas, para os problemas se acumularem. Na Travessa das Bertiogas e na Rua Bispo Coutinho de Baixo, do lado da praça da Sé, o sentimento de muitas famílias que vivem ali é de exclusão e esquecimento. Esgoto estourado há mais de um ano, falta de saneamento, iluminação precária, lixo, ausência de policiamento, consumo de drogas na porta de casa. O quadro piora no fim de semana, quando aumenta o fluxo de pessoas circulando pela Sé.
Quem passeia pela praça revitalizada não vê o esgoto estourado na frente da casa da professora Mércia Lares, 41 anos, que, desde criança, mora na Travessa das Bertiogas. “A prefeitura não varre a rua, nem tira o mato. O lixo só é recolhido em uma parte da via, porque os garis não querem subir as escadarias. É um beco discriminado, porque por aqui não passam turistas, apenas moradores. A gente fala que mora no Alto da Sé, mas na parte feia, esquecida. É constrangedor”, reclama Mércia. Quando anoitece, a rua fica um breu. A escuridão, segundo os moradores, atrai usuários de droga e prostituição de menores, que ficam na esquina da travessa com a Rua Bispo Coutinho de Baixo. “Já aconteceu de eu chegar em casa e ter um rapaz com um prato na mão, consumindo cocaína na minha porta”, recorda a professora, que diz se sentir morando numa rua “invisível”.
A aposentada Maria de Lourdes, 53, diz que precisou construir um muro alto por medo da criminalidade. “No fim de semana, que é a hora de lazer, a gente não pode aproveitar. Tem que ficar dentro de casa, porque os viciados tomam conta da nossa rua”, conta. Morador da Rua Bispo Coutinho de Baixo, Jorge Sinfônio de Luna cobra a pavimentação de um trecho da via. “Não há manutenção. O que eles fazem é limpar o mato de três em três meses. Como moradores, temos direito a saneamento básico, iluminação. Infelizmente, o olhar é voltado para atender apenas o turista. Nós somos esquecidos.”
Para dar voz às reclamações, um grupo de moradores escreveu um documento, relatando os problemas da área e os pontos não contemplados no projeto da prefeitura. “Somos a parcela restante e resistente de moradores do Alto da Sé, área que vem se transformando aos poucos em centro de comércio e de turismo, um dos lugares mais visitados do Estado de Pernambuco. Enfatizamos as palavras “restante” e “resistente” porque não é fácil morar no Alto da Sé e nas áreas circunvizinhas. Os problemas são inúmeros”, diz o manifesto.
O arquiteto Lula Marcondes, morador da Sé, diz que a proposta é discutir quais são as prioridades da gestão. “Entre uma ação de saúde pública e uma turística, acredito que o mais importante é olhar para os moradores e dar melhores condições para quem enfrenta as dificuldades de infraestrutura diariamente”, afirma o arquiteto.
Quem passeia pela praça revitalizada não vê o esgoto estourado na frente da casa da professora Mércia Lares, 41 anos, que, desde criança, mora na Travessa das Bertiogas. “A prefeitura não varre a rua, nem tira o mato. O lixo só é recolhido em uma parte da via, porque os garis não querem subir as escadarias. É um beco discriminado, porque por aqui não passam turistas, apenas moradores. A gente fala que mora no Alto da Sé, mas na parte feia, esquecida. É constrangedor”, reclama Mércia. Quando anoitece, a rua fica um breu. A escuridão, segundo os moradores, atrai usuários de droga e prostituição de menores, que ficam na esquina da travessa com a Rua Bispo Coutinho de Baixo. “Já aconteceu de eu chegar em casa e ter um rapaz com um prato na mão, consumindo cocaína na minha porta”, recorda a professora, que diz se sentir morando numa rua “invisível”.
A aposentada Maria de Lourdes, 53, diz que precisou construir um muro alto por medo da criminalidade. “No fim de semana, que é a hora de lazer, a gente não pode aproveitar. Tem que ficar dentro de casa, porque os viciados tomam conta da nossa rua”, conta. Morador da Rua Bispo Coutinho de Baixo, Jorge Sinfônio de Luna cobra a pavimentação de um trecho da via. “Não há manutenção. O que eles fazem é limpar o mato de três em três meses. Como moradores, temos direito a saneamento básico, iluminação. Infelizmente, o olhar é voltado para atender apenas o turista. Nós somos esquecidos.”
Para dar voz às reclamações, um grupo de moradores escreveu um documento, relatando os problemas da área e os pontos não contemplados no projeto da prefeitura. “Somos a parcela restante e resistente de moradores do Alto da Sé, área que vem se transformando aos poucos em centro de comércio e de turismo, um dos lugares mais visitados do Estado de Pernambuco. Enfatizamos as palavras “restante” e “resistente” porque não é fácil morar no Alto da Sé e nas áreas circunvizinhas. Os problemas são inúmeros”, diz o manifesto.
O arquiteto Lula Marcondes, morador da Sé, diz que a proposta é discutir quais são as prioridades da gestão. “Entre uma ação de saúde pública e uma turística, acredito que o mais importante é olhar para os moradores e dar melhores condições para quem enfrenta as dificuldades de infraestrutura diariamente”, afirma o arquiteto.
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