sexta-feira, 28 de outubro de 2011

COLUNA POLITICA



          Bananeira de dois cachos
Escolhido substituto de Orlando Silva entre os três nomes indicados pelo PCdoB, o deputado Aldo Rebelo (SP) chega ao Governo depois de perder para Ana Arraes a eleição para o Tribunal de Contas da União.
Na véspera, em meio à crise provocada pela queda do ministro dos Esportes, Rebelo chegou a fazer piada, recorrendo a uma expressão do universo rural para negar a chance de compor a equipe de Dilma. “Sou uma bananeira que já deu cacho”, disse, referindo-se à planta que dá frutos apenas uma vez.
O comunista queria dizer, em outras palavras, que já foi ministro das Relações Institucionais no Governo de Lula e por isso mesmo não acreditava na sua volta à Esplanada dos Ministérios. A princípio, Aldo não era levado muito a sério nas especulações por causa do embate que travou com o Governo na votação do Código Florestal na Câmara, do qual foi relator.
Aliado dos ruralistas, de quem teve apoio maciço para enfrentar Ana Arraes na briga pela vaga aberta no TCU com a aposentadoria do cearense Ubiratan Aguiar, o deputado acabou sendo escolhido porque era, na verdade, o preferido do seu partido.
Que chegou a colocar também na mesa de negociação os nomes da deputada Luciana Santos (PE) e Flávio Dino (MA).  A grande tarefa do novo ministro será limpar as áreas da Pasta ocupadas por militantes comunistas envolvidos em irregularidades.
SUSPEITAS PESARAM – O fogo amigo na base governista trabalhou contra a indicação da deputada pernambucana Luciana Santos, do PCdoB, para o Ministério dos Esportes. Pesou contra ela as informações de que, prefeita de Olinda, teria cometido irregularidades na execução do programa Primeiro Tempo, pivô da queda de Orlando Silva. O bloco de oposição ao prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, aliás, convocou a Imprensa, hoje, para tratar da polêmica.
O que Maluf fazia lá? - A posse da ministra Ana Arraes no TCU, anteontem, foi prestigiada por inúmeras autoridades, mas acabou atraindo também políticos investigados por desvios de verbas pública, tônica central do seu discurso. Entre os que mais chamaram a atenção da mídia, o deputado Paulo Maluf (PP-SP), o maior ficha suja do País.

O aliado do peito - Nem PT, PTB nem tampouco PSDB. O partido priorizado pelo governador Eduardo Campos para dobradinha na eleição municipal do ano que vem será o PSD. Foi isso o que ele deixou claro no primeiro ato pessedista em Brasília. “Estaremos juntos em muitas lutas agora em 2012. Onde um não puder ter candidato, vamos fazer todo o esforço para estarmos juntos”, disse.
Dois senhores - Já numa entrevista em Brasília, tão logo após à festa que oficializou o PSD, o governador mostrou, mais uma vez, que sonha acordado com a Presidência da República. Numa postura conciliatória, elogiou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela regulamentação do sistema financeiro e o ex-presidente Lula pelo combate à pobreza.
Inserção nordestina - Pré-candidato tucano ao Planalto, o senador mineiro Aécio Neves pediu ao presidente nacional da legenda, Sérgio Guerra, para organizar uma visita a Pernambuco. Está preocupado com a sua baixa inserção na mídia nordestina. Uma das idéias seria fazer no Recife uma apresentação do documentário “Tancredo, a travessia”, que trata da trajetória política do seu avô.

CURTAS -
ARRANCO RABO – Tremendo pavio curto, o prefeito de Serra Talhada, Carlos Evandro (PR), já começou a perder a paciência com o seu candidato a prefeito, Luciano Duque (PT). A razão? O neopetista andou insinuando pedir a cabeça de secretários que não rezam pela sua cartilha.
COMPLICADOR– Em Gravatá, o governador Eduardo Campos não quer criar problemas para o candidato do PSDB, ex-prefeito Joaquim Neto. Mas, estranhamente, o líder do Governo na Assembleia, Waldemar Borges, tem dito ao prefeito Ozano Brito (PSD) que ele é o preferido do chefe.
PERGUNTAR NÃO OFENDE – Já que será candidato a prefeito do Recife, Cadoca também vai dar a legenda do PSC para Cleiton Collins disputar em Jaboatão?

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