COLUNA POLITICA

Frente é letra morta Sensata, oportuna e inteligente a entrevista de Sílvio Costa (PTB) ontem à Aline Moura, no DP, quando concluiu que a Frente Popular sumiu do mapa eleitoral no Recife. Só um neófito ou áulico ponderaria de forma diferente. PT, que detém o poder municipal na capital, e PSB, no Estado, andam falando grego na sucessão municipal. E os atritos só não descamparam ainda para o campo pessoal porque tem muita gente que morre de medo do estilo autoritário e coronelesco do governador Eduardo Campos. Basta um simples olhar enviesado dele para que, muitos, tremam feito vara verde. Não fosse isso, as constatações de Costa seriam fichinha diante do que poderia acontecer sem o controle à distância do governador. Em política, quando alguém fala a verdade e com sensatez é tachado logo de leviano. Não se trata de algo exclusivo da província, mas de qualquer parte do território nacional. PSB e PT convivem em Pernambuco, na verdade, entre tapas e beijos, numa aliança de mentirinha. O PSB, através do governador, porque não interessa ao seu projeto nacional se afastar de imediato do PT. Este, por sua vez, capitaneado pelo senador Humberto Costa, pega carona na popularidade do governador e dá uma de bom moço para não perder o seu apoio em 2014. Se a Frente Popular não tivesse acabado no Recife, como apontou de forma cirúrgica Silvio Costa, Eduardo não teria avalizado a transferência do domicílio eleitoral do ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho. Que bate no PT e na gestão de Costa na capital sem piedade. LAVANDO A ROUPA – Diante do diagnóstico preciso feito por Sílvio Costa, o PT tomou a dianteira para tentar salvar a Frente Popular no Recife. Coube ao presidente estadual da legenda petista, Pedro Eugênio, tomar a iniciativa para uma conversa, hoje, com o senador Armando Monteiro Neto, presidente do PTB. A lavagem de roupa suja inclui também o presidente do PSB, Milton Coelho, agendado por Eugênio para a próxima sexta-feira.  Óleo de peroba  - Nem mesmo foi aberto o distrito industrial em Serra Talhada e ali já se instalou a primeira fábrica: de produção de óleo de peroba. Para passar na cara de muitos políticos. A constatação vem do ato do PT em favor do candidato Luciano Duque, sábado passado, no qual o prefeito Carlos Evandro e o senador Humberto Costa trocaram juras de amor em público. Em tempo: em 2010, o prefeito apoiou Marco Maciel e se negou a subir no palanque de Humberto. Câmaras decidem  - Em resposta a uma consulta do deputado carioca Otávio Leite (PSDB) sobre a aplicação da lei quanto ao número de vereadores fixados nas câmaras municipais para as eleições de 2012, o TSE informou que cabe a cada Câmara fixar o número de parlamentares com base no inciso IV, do Artigo 29 da Constituição, que definiu o aumento sem repercutir igualmente num repasse maior do duodécimo.  Péssima companhia - Ao ser escolhido como um dos representantes do Nordeste para acompanhar os cenários eleitorais das eleições de 2012 para o PT, o deputado João Paulo não poderia ter sido premiado com uma companhia pior: o cearense José Guimarães, aquele que se notabilizou por ter um assessor pilhado pela PF com dólares na cueca. Sem imposição - Quem chega a Garanhuns se depara com um clima de hostilidade ao governador pela forma ditatorial com que impõe a candidatura a prefeito de Antônio João Dourado, importado de Lajedo. Nos carros, faz sucesso o adesivo que reflete a insatisfação da população: “Garanhuns exige respeito. Imposição não”. CURTAS – LÁ VEM KASSAB – Presidente do PSD em Pernambuco, o ex-deputado André de Paula está agendando uma visita do Estado do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo. Tudo indica que será na primeira semana de novembro. POSSE NO INCRA – O novo delegado-chefe do Incra em Pernambuco, Demétrius Fiorante, toma posse, hoje, no cargo, em solenidade marcada para às 10 horas, no auditório da instituição no Recife, localizada na Avenida Rosa e Silva. PERGUNTAR NÃO OFENDE – Dilma vai chamar Luciana Santos para assumir o Ministério de Esportes se Orlando Silva cair em razão do novo escândalo no Governo?