COLUNA POLITICA

Prefeito tende a ser sacrificado O prefeito João da Costa (PT) tende a ser sacrificado nas eleições do Recife pelo rolo compressor do Palácio das Princesas se não reagir nas pesquisas nos próximos 60 dias. Interlocutores do governador Eduardo Campos, a quem caberá a palavra final quanto ao nome da Frente Popular que será ungido à disputa na capital, não fazem cerimônias quanto ao fato dele repetir em conversas reservadas que não apoiará um candidato com 65% de reprovação – a soma de ruim e péssimo. Também avaliam que não haveria mais tempo para o prefeito recuperar a sua popularidade, daí a jogada da transferência do domicílio eleitoral do ministro Fernando Bezerra Coelho para o Recife. FBC é o plano B do governador, mas pode ser o plano A. Para isso, basta que conte com a colaboração do ex-presidente Lula na remoção de dois obstáculos. O primeiro seria o sacrifício de João da Costa. O segundo, um entendimento com o deputado João Paulo, incluindo a corrente do senador Humberto Costa, pelo qual FBC candidato João seria alçado a um Ministério, não necessariamente o da Integração, e a Humberto restaria a tese de que o PSB assumiria o compromisso com a sua candidatura a governador, caso Eduardo seja candidato a presidente da República ou a vice em 2014. Equação fácil? Nem tanto! Mas, tem alguma lógica, embora a política nunca se submeta a lógicas, porque não é uma ciência exata. De qualquer forma, o que está ficando claro é a má vontade do Palácio com João da Costa. Porque, neste momento, o santo é de barro. NA OPOSIÇÃO – No cenário acima, como ficaria a situação do senador Armando Monteiro Neto? No caso de Humberto ser escolhido o candidato a governador só restaria a ele disputar o Palácio numa aliança com a oposição. Mas, o que o líder trabalhista deseja, na verdade, é contar com o apoio de Eduardo. Tanto que vem tendo uma postura muito discreta nas suas andanças pelo Interior, onde já é recebido e tratado como potencial candidato a governador. Adversário do PT - Com o título “Trampolim”, o jornal O Globo publicou a seguinte nota na coluna Panorama Político: “O ministro Fernando Bezerra (Integração) mudou de domicílio eleitoral de Petrolina para Recife. O governador Eduardo Campos (PSB) o vê como alternativa em 2012 para disputar contra o prefeito João da Costa (PT). Briga feia em Fortaleza - Já no Ceará, o PSB está brigando com o PT pelo controle da Prefeitura de Fortaleza. O ex-ministro Ciro Gomes ganhou o aval do presidente nacional da legenda, Eduardo Campos, e já lançou a candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Roberto Cláudio. Já em seu segundo mandato, a prefeita Luizianne Lins prefere apostar no secretário Waldemir Catanho. Castelo de areia - O presidente do PDT, José Queiroz, não vai bancar a candidatura de Paulo Rubem no Recife. De imediato, no entanto, tentará desmanchar seu projeto no diálogo. Queiroz ressalta as qualidades do parlamentar pedetista, mas lembra que já disputou e perdeu por três vezes a Prefeitura de Jaboatão. E não deseja que o PDT divida a Frente Popular na capital. Bateu, levou! - Além de ter sido responsável pelo ingresso de Odacy Amorim no PT, a deputada Isabel Cristina anda dizendo em alto e bom em Petrolina que não teme enfrentar o ministro Fernando Bezerra. “Ele tem que respeitar os espaços. Não pode querer Recife e Petrolina ao mesmo tempo”, disse, numa referência à candidatura do ministro no Recife e a do filho em Petrolina. CURTAS - MAIS UM – O deputado Sílvio Costa (PTB) resolveu jogar na vida público mais um herdeiro. Trata-se do filho caçula João Paulo, candidato a vereador no Recife por uma legenda de aluguel. Ele anda tentando atrair pré-candidatos a vereador para fazer a cauda para eleger o filhão. LIVRO – A professora Iarê Mota está queimando as pestanas no livro de memórias do ex-deputado Drayton Nejaim, também ex-prefeito de Caruaru, uma das figuras mais polêmicas da política pernambucana, que lançou na política João Lyra, pai do vice-governador João Lyra Neto. PERGUNTAR NÃO OFENDE – O PMDB nacional incluiu Raul Henry na relação dos pré-candidatos do partido no Recife, mas ele vai aceitar o desafio?