quinta-feira, 7 de julho de 2011

Partido do ex-ministro topa briga e quer ''pegar'' PT


Em duas demissões de ministros, a presidente Dilma Rousseff adotou dois estilos muito diferentes, despertando queixas e ameaças entre seus aliados no Congresso. Antes mesmo da queda de Nascimento, membros do PR falavam reservadamente em ''pegar os petistas'' em supostas irregularidades. Enquanto o petista Antonio Palocci (Casa Civil) demorou 23 dias para cair, Alfredo Nascimento (PR-AM) perdeu o cargo só cinco dias depois de publicada reportagem sobre irregularidades no Ministério dos Transportes. ''Somos o partido mais fiel da base. É natural [que deputados reclamem], pois não são vacas de presépio', disse o líder Lincoln Portela(MG).
''O partido foi levado para execração pública'', disse Portela. ''Ele não merecia essa degola'', afirmou o deputado Luciano Castro (PR-RR). Fora o PR, nenhuma outra sigla defendeu Nascimento. Há dois motivos: o conhecimento de que as acusações de esquema no Ministério dos Transportes circulavam desde o governo Lula e o interesse de PT e PMDB no cargo. Fora da Esplanada, Nascimento continuará na presidência do partido e ajudará a definir o seu sucessor. ''A presidente tem que negociar com ele a substituição''.

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