domingo, 24 de julho de 2011

MINISTÉRIO DA SAÚDE LIMITA EXAMES EM PACIENTES COM AIDS




O Ministério da Saúde teve que limitar os exames de carga viral em pacientes com aids por falta de reagentes usados no teste que mede a quantidade do vírus HIV no sangue e acompanha a eficácia do tratamento.
Com estoque baixo de reagentes devido a paralisação de uma licitação feita pelo ministério para comprar testes mais modernos e rápidos. O processo foi contestado várias vezes por empresas participantes.
Em nota, o ministério orienta as secretarias estaduais de Saúde a dar prioridade aos testes em gestantes e crianças de até 4 anos infectadas. De acordo com o diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais, o infectologista Dirceu Greco, os dois grupos são considerados prioritários porque a carga viral interfere no parto e no tratamento precoce das crianças..
No caso dos pacientes em tratamento, com carga viral estável ou com exame marcado, a recomendação é colher e congelar as amostras de sangue para que sejam testadas quando o fornecimento estiver normalizado. A previsão é que os exames atrasem em um ou dois meses. Segundo ele, isso não deve atrapalhar o tratamento, mas é um transtorno para os pacientes.
“Tecnicamente, o tratamento não deve ter prejuízo”, assinalou o infectologista. “Do ponto de vista individual, é realmente um transtorno.” Alguns laboratórios públicos já estão armazenando as amostras, acrescentou, sem informar em quais estados isso já está ocorrendo. No país, 80 instituições fazem o exame da carga viral do HIV.

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