segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lula, o retorno: a volta do que não partiu





Não está fácil entender o ex-presidente Lula. Depois de ampla maratona pelo exterior, dedica-se agora ao interior, percorrendo obras que deixou inacabadas e visitando cidades carentes de realizações variadas. Lá fora,  fazendo conferências, aliás, muito bem remuneradas, dava a impressão de estar disputando algum alto cargo internacional, hipótese que não se confirmou. Aqui dentro, viajando, deixa a nítida impressão de estar em campanha para outro cargo que sabemos muito bem qual é.
O problema repousa na evidência de que o Lula perturba o governo Dilma, mesmo sob o argumento de estar ajudando. Primeiro por ser muito cedo para  disputar os votos  de 2014. Depois,  por haver  declarado  mais de uma vez que a sucessora tem todo o direito de pleitear  um segundo mandato. Por que, então, esse açodamento todo?
Para ampliar os espaços do PT não parece, apesar de ser seu presidemnte de honra. Afinal, os problemas dos companheiros situam-se em Brasília, no relacionamento de suas bancadas com o palácio do Planalto. No máximo em São Paulo, agora que o Congresso está de recesso.  Aumentar  sua popularidade? Perda de tempo, mais do que já dispõe é impossível.  Falta do que fazer? Ora, nenhuma ocupação seria melhor do que começar a escrever ou ditar  suas memórias, agora que inaugurou um instituto de exaltação às suas qualidades.
Positivamente, até prova em contrário, o homem  não desencarnou, como havia prometido. Deve estar contando os dias para voltar à presidência da República. Encenando  um filme cujo título já sabemos: “Lula: o  Retorno”. Ou então “A Volta do Que Não Partiu”.

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