domingo, 30 de outubro de 2011

A responsabilidade social de cada um

Sempre que surge uma notícia de corrupção ou má conduta de homens públicos ouve-se um brado de indignação. Na sociedade em que vivemos hoje, parece que só quem ocupa cargo eletivo deve ser íntegro.


Mas a classe política nada mais é que o retrato da população de onde se origina. E reproduz no setor público o que faz no espaço privado.


Um bom indicador de evolução moral da sociedade moderna é justamente o trânsito.


Não seria necessário haver tantos agentes se as pessoas respeitassem não só a legislação, mas as normas básicas de civilidade. O que tem de sobra nas ruas é motorista que não sinaliza para o pedestre quando vai entrar em uma transversal, que não permite a outro veículo sair ou entrar na garagem de casa e se irrita se um carro parar apenas para um passageiro descer. Ainda tem aqueles que mal o sinal abre já estão buzinando. Além do comportamento grosseiro, que denota falta de educação doméstica, há o desrespeito às leis, sem as quais uma sociedade não sobrevive.


O que muita gente não entende é que só quem cumpre o dever tem autoridade para cobrar direitos. E que um País não muda por decreto. É até comprensível que a população carente, sem acesso à serviços essenciais, não saiba se conduzir bem. Falha que cabe ao Estado corrigir. Mas quando a população de classe média ou alta atropela as regras vigentes não há justificativa. Apenas a arrogância de quem se julga fora do alcance da Justiça.

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