Cento e vinte dias se passaram, muita publicidade e discursos foram ao ar. Mas até agora as obras da 2º e 3º etapas da Via Mangue, sob a responsabilidade da Queiroz Galvão, não receberam sequer um real de investimento dos cofres da Prefeitura do Recife (através da Empresa de Urbanização do Recife, URB), de acordo com os dados publicados pelo Sistema Orçamentário e Financeiro da PCR (Sofin). A situação é alarmante porque nesse período, de acordo com o cronograma físico-financeiro da empreiteira, era previsto um aporte de R$ 17,393 milhões (equivalente à conclusão de 5,4% do conjunto da Via). Nos dois principais canteiros (Norte, em torno do Capitão Temudo, e Sul, em torno da Antônio Falcão), os ritmos são distintos.
Na Avenida Sul, por exemplo, a equipe da vereadora Priscila Krause (DEM), líder da oposição na Câmara do Recife, flagrou que o andamento da intervenção que findará na alça do Capitão Temudo (no sentido da Ponte Paulo Guerra) ganhou ritmo inusitado. Comprovado por imagens registradas pela equipe no decorrer dos 120 dias, as estacas fincadas nas primeiras semanas – alvos de inserções publicitárias da PCR para a televisão – simplesmente sumiram. Fato que também ocorreu mais à frente, na Avenida Saturnino de Brito. Depois de fincadas ao solo, foram retiradas misteriosamente. Outro dado preocupante é o andamento do serviço “Canalização do Rio Pina – 800 metros”, que já deveria ter alcançado 40% de sua totalidade, mas ainda não saiu do papel. Essa empreitada é essencial para a conclusão da ponte estaiada que ligará a Ponte Paulo Guerra ao Shopping Rio Mar.
Na extremidade Sul da Via, no entorno da Antônio Falcão, onde será construído um elevado, a situação é mais compatível com o planejado no cronograma físico-financeiro. Muitos homens trabalham no local, onde também são vistas muitas máquinas. Nesse local, as obras da Via Mangue só tiveram início em agosto, com dois meses de atraso. Priscila Krause vai enviar pedido de informações ao prefeito João da Costa questionando sobre o ritmo das obras no entorno do Capitão Temudo, especificamente em relação às estacas misteriosamente retiradas das avenidas Sul e Saturnino de Brito.



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